Um vídeo que mostra um motorista de ônibus de Paris dando um tapa em um garoto de 12 anos viralizou nas redes sociais e dividiu opiniões na França.
ANÚNCIO
O estudante teria atravessado a rua correndo em frente ao ônibus, forçando o motorista a frear bruscamente.
Quando o motorista – cuja identidade não foi revelada – repreendeu o menor, exigindo que ele prestasse atenção, o estudante gritou para ele «calar a boca».
Recomendados
Temporais causam 8 mortes no RS; 21 pessoas estão desaparecidas
Mulher que agrediu casal gay em padaria de SP vai responder por injúria racial e lesão corporal
Caso Tio Paulo: relatório da polícia afirma que sobrinha “simulou que ele estava vivo” em banco
- Motorista de van é demitido por passar em poças e molhar pedestres intencionalmente
- Escola francesa quer rastrear alunos com chaveiro digital
O motorista reagiu então dando um tapa nele.
O incidente, ocorrido em 13 de setembro, foi testemunhado por dezenas de pessoas em frente à prefeitura de Arcueil, subúrbio ao sul da capital francesa.
O que aconteceu?
O estudante disse à polícia que atravessou a rua correndo para pegar o ônibus da escola, quando ouviu a buzina e um insulto, que não tinha certeza se era dirigido a ele. Mas acredita que veio do motorista.
O jornal Le Parisien relatou que ele revidou sem pensar: «Cala a boca, vai logo, pode seguir.»
https://www.facebook.com/LeParisien.94.Val.de.Marne/videos/2047000985610971/
O vídeo, que começa neste ponto, mostra adolescentes rindo antes de o motorista sair do veículo e dar um tapa no rosto do menino. O garoto fica em choque, enquanto os que estão a sua volta gritam.
Após a bofetada, o motorista pergunta «quantos anos você acha que eu tenho?» e retorna para o ônibus.
O vídeo, inicialmente publicado no Snapchat, foi visto quase 1,2 milhão de vezes.
Qual foi a reação?
A mãe do menino registrou uma queixa contra o motorista de ônibus.
A autoridade pública de transportes em Paris, a RATP, abriu, por sua vez, um processo disciplinar contra o funcionário. E condenou veementemente sua ação violenta, que, segundo a entidade, é contrária aos princípios e valores de uma companhia estatal de transporte público.
Segundo a RATP, o motorista admitiu que reagiu emocionalmente e indicou estar arrependido.
Seus colegas lançaram, no entanto, uma petição em apoio a ele, para que não seja punido. Em uma semana, conseguiram cerca de 300 mil assinaturas.
O prefeito local disse ao Le Parisien que as crianças costumam correr pela rua onde o incidente aconteceu, que fica perto do Colégio Dulcie-September.
«Algumas se colocam em risco», disse ele, admitindo que «a reação do motorista não foi proporcional nem apropriada.»
«É uma criança», acrescentou.
A ministra dos Transportes da França, Elisabeth Borne, expressou o mesmo sentimento. Segundo ela, «não é normal bater em um jovem».
Mas o episódio dividiu fortemente as opiniões nas redes sociais.
Enquanto muitos classificaram o ato de violência como uma covardia, outros apoiaram a reação do motorista ao que chamam de «desrespeito» e «mau comportamento» por parte do garoto.