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Compartilhar gestão do SUS é o desafio na saúde

Qual é a sua proposta? Metro Jornal publica a terceira da série de reportagens que mostrará os principais problemas de São Paulo e quais as ideias dos candidatos ao governo do estado para resolvê-los. Tema de hoje é a saúde pública

O candidato que vencer as eleições e assumir o governo do estado de São Paulo a partir do ano que vem já sabe qual a área em que deverá ser mais cobrado pela população: a saúde pública.

De acordo com pesquisa Ibope, divulgada mês passado, os paulistas consideram que esse é o serviço mais problemático e que mais deverá receber atenção do próximo chefe do Executivo.

Professora doutora da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo) Marília Louvison e o presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), Lavínio Nilton Camarim, afirmaram que os principais desafios estão relacionados ao financiamento do SUS (Sistema Único de Saúde).

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Criado pela Constituição de 1988, o SUS garante atendimento universal para todos os brasileiros na rede pública e tem gestão e recursos compartilhados entre União, estados e municípios. “É preciso investir, e isso depende de como o novo governador vai priorizar o Orçamento da saúde”, afirmou Marília.

As prefeituras já pagam uma conta muito alta, investindo, em média, de 25% a 33% no setor. O estado precisa rever a sua parcela para não sobrecarregar os municípios, sobretudo os pequenos”, completou Camarim.  

Propostas dos planos de governo

 

João Doria (PSDB)

O plano de governo prevê o fortalecimento da rede hospitalar do estado e o apoio aos municípios nos atendimentos de média e alta complexidade e na atenção básica, com o uso de tecnologia. Projeta reproduzir no estado programas que lançou na Prefeitura de São Paulo, como o Corujão da Saúde (para zerar filas de exames e cirurgias), Dr. Saúde de Carretas (atendimento móvel itinerante) e o Redenção (para tratamento de dependentes químicos).

 

 

Luiz Marinho (PT)

Prevê priorizar a gestão solidária e compartilhada do SUS (Sistema Único de Saúde) nos municípios e apoiar as prefeituras para que ampliem as equipes de Saúde da Família. Também projeta universalizar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a rede de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em todo o estado, reduzir a taxa de partos por cesárea, informatizar as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e fortalecer o Mais Médicos em São Paulo.

Márcio França (PSB)

O documento reforça a importância de fortalecer o SUS (Sistema Único de Saúde), oferecer capacitação permanente aos profissionais e apoiar a ampliação do Saúde da Família nas cidades. O plano de governo também projeta parcerias com as prefeituras para construir e reformar UBSs (Unidades Básicas de Saúde), auxiliar hospitais filantrópicos, manter santas casas e estimular programas de amamentação, de prevenção da gravidez e de combate à obesidade.

Paulo Skaf (MDB)

O plano de governo prevê a criação de prontuário eletrônico com informações sobre o histórico dos pacientes e articular as redes estadual, municipal, filantrópica e privada para a aumentar a eficiência do serviço. O texto projeta investir na atenção básica como forma de reduzir o número de hospitalizações e promover mutirões para zerar a fila de cirurgias eletivas, além de estimular ações que incentivem a prática regular de esportes e a alimentação saudável.

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