A primeira parcial da prestação de contas das eleições mostra que 92,4% dos recursos arrecadados pelos candidatos ao governo do estado de São Paulo vieram dos cofres dos partidos.
Entre dinheiro e bens, os 11 postulantes ao Palácio dos Bandeirantes angariaram R$ 31,9 milhões, sendo R$ 29,5 milhões transferidos ou cedidos pelos partidos.
Levando em conta só os recursos financeiros (excluindo bens), Paulo Skaf (MDB) é até aqui o candidato mais “rico”, com R$ 8,9 milhões arrecadados, seguido por João Doria (PSDB), com R$ 6,7 milhões. A dupla também lidera a corrida em intenções de voto.
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Na eleição passada ao governo do estado, em 2014, o gasto total dos nove candidatos foi de R$ 111,5 milhões – que corresponde hoje a R$ 141 milhões, em valores corrigidos.
A razão para os partidos serem a maior fonte de recursos dos candidatos está na proibição do financiamento privado de campanha. A regra foi determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2015 e é testada pela primeira vez em uma eleição geral no país.
Sem a grana das empresas, os candidatos podem bancar as próprias campanhas e captar recursos de pessoas físicas e dos fundos partidário e eleitoral – que são abastecidos com dinheiro público.
O fundo eleitoral foi criado ano passado pelo Congresso para compensar o fim do financiamento privado e vai distribuir neste ano R$ 1,7 bilhão.
Vaquinhas virtuais não decolam
Liberada pela Justiça pela primeira vez em uma eleição no país, as vaquinhas virtuais – que permitem aos candidatos angariar recursos entre pessoas físicas a partir de ferramentas na internet –, ainda não decolaram entre as campanhas ao governo do estado. Só dois candidatos declararam ter arrecadado recursos por esta modalidade: Paulo Skaf (R$ 160,3 mil) e Professora Lisete (R$ 7,4 mil).