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Brasil não pode ter presidente por procuração, diz Ciro sobre convite de Lula

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) voltou a comentar sobre o convite que recebeu para ser vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em Curitiba e impedido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de sair como candidato na chapa petista.

Em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, nesta segunda-feira, 17, Ciro afirmou que foi chamado pelo senador Roberto Requião (MDB) para ir a Curitiba, para ser vice e substituir Lula em “caso de frustração”. “Eu agradeci a honra, mas disse a ele que o Brasil não pode ter um presidente por procuração. Nosso país precisa de liderança, de um caminho equilibrado para que a gente possa tirar os extremos”, falou.

Na opinião do candidato à Presidência da República, o Brasil não pode ser governado por uma “outra Dilma Rousseff”, que, nas palavras dele, seria o candidato do PT, Fernando Haddad. Para ele, o petista é “inexperiente”.

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Ciro relembrou as eleições para prefeito em São Paulo, em 2016, na qual Haddad perdeu para João Doria (PSDB) no primeiro turno.

“Com a apoio e força de Lula, o Haddad perdeu para Doria, que é um farsante, no primeiro turno e em todas as urnas da capital”, disse. Mesmo com as críticas, o candidato falou que teria que ser “delicado” porque é amigo pessoal do petista.

“Confrontação violenta produziu Bolsonaro”

No início da entrevista, Ciro se referiu ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), como “coiso”. Mas, depois, voltou a chamá-lo pelo nome. “Pronto, falei o nome do coiso”, disse.

Ele citou a eleição presidencial passada, de 2014, que o então candidato Aécio Neves perdeu “por pouquinho” para Dilma. “Não é possível que a gente não aprenda nada com esse desastre. Essa confrontação violenta produziu Bolsonaro. Ele representa o protesto, a indignação, que considero respeitável, mas a proposta que ele, ao lado de Paulo Guedes, e o general ‘jumento de carga’ que escolheu como vice [Hamilton Mourão]…ele está propondo explicitamente um golpe de Estado”, declarou à RB.

Ciro disse que vai “dar tudo que tiver, todo entusiasmo, amor, paixão, agressividade e talento que puder para ajudar o povo brasileiro a não cair na repetição de nos obrigar a escolher dois extremos”.

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