O candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meirelles, deu ontem início à série de entrevistas da rádio Bandeirantes com os presidenciáveis. O ex-ministro da Fazenda repetiu números alcançados quando ele era presidente do Banco Central no governo Lula – sem mencionar o ex-presidente petista – e resultados à frente do ministério – novamente, sem citar o presidente Michel Temer (MDB). Leia abaixo trechos.
Quem será o seu ministro da Fazenda?
Eu tenho uma história de escolher excelentes equipes. No BC (Banco Central), nomeei uma equipe que fez história, e quando assumi o Ministério da Fazenda, nomeei uma equipe que foi chamada de time dos sonhos” pela imprensa exatamente por ser de excelente qualidade. Isso reflete minha trajetória de nomear boas equipes.
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A economia cresceu 0,4% no 1º trimestre e 0,2% no 2º. É o que esperava?
É o que eu esperava, mas não é o que será quando assumirmos a Presidência da República. Pretendo trabalhar com a meta de 10 milhões de novos empregos, e vamos crescer a uma média superior a 3% ao ano. Eu acho que dá para crescer até a 4%, como já aconteceu na época que fui presidente do Banco Central.
Há espaço para ampliar o Bolsa-Família?
Eu sempre apoiei o Bolsa Família e vamos ampliar o Bolsa Família. Eu acredito, já disse várias vezes, que o melhor programa social que existe é o emprego. Já criamos 10 milhões de empregos quando eu estava na presidência do Banco Central, durante aqueles oito anos, agora vamos criar 10 milhões [de empregos] em quatro. É factível, eu sei como fazer.
Por que sendo ministro do presidente Temer não foi possível criar os empregos que o sr. diz que sabe como criar?
Foram criados nesses dois anos 2 milhões de empregos. Nós tínhamos, para dar um número concreto, 89,5 milhões de brasileiros trabalhando no início do ano de 2017 e no final do ano eram 91,5 milhões. Dois milhões [de empregos] em um ano é bastante. Agora o problema é que a Dilma [Rousseff] criou a maior recessão da história, deixando 14 milhões de desempregados, então se cria 2 milhões de empregos é bastante, mas ainda se tem 12 milhões de desempregados, é muita gente. É péssimo.
Já que o sr. se referiu a ela, por que há essas divergências entre o sr. e a ex-presidente Dilma Rousseff?
O que existiu, e hoje está claro por que, foi uma diferença de opinião sobre o que fazer com a economia brasileira. Quando eu era presidente do Banco Central ela discordava da política econômica e tinha uma proposta que depois veio a ser chamada de nova matriz econômica que ela aplicou e foi um desastre, conforme eu já previa que ia ser um desastre. Foi a maior recessão da historia do Brasil, criou 14 milhões de desempregados.