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Imprensa internacional repercute incêndio no Museu Nacional no Rio

Pilar Olivares/Reuters

O incêndio que consumiu, na noite de domingo (2) e madrugada desta segunda-feira (3), o acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro é notícia em veículos de comunicação de todo o mundo.

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Na América Latina, o jornal argentino Clarín traz entre os detaques de capa a história do incêndio que destruiu o acervo que continha cerca de «20 milhões de peças valiosas», que datam da época do império. O Museu comemorava, em 2018, 200 anos de história.

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O El País do Uruguai diz que o incêndio «devorou uma joia cultural» do Brasil. O jornal afirmou que, enquanto queimava o museu, a tristeza e a raiva se misturavam à indignação de investigadores, professores e alunos, que já articulavam, na internet, protestos para esta segunda na frente da instituição.

O jornal chileno El Mercurio traz estampada na capa uma foto do museu em chamas e conclui que o Brasil «perde dois séculos de história».

Na Europa, os principais veículos também noticiaram o incêndio. No El País espanhol, o destaque é o fato de o museu ser «a mais antiga instituição científica e de história natural do país, criada pelo rei João VI em junho de 1818, quando Brasil ainda era una colônia de Portugal». O jornal destacou ainda o fato de as causas da tragédia serem desconhecidas.

O português Público traz o incêndio como matéria principal, na capa, com uma galeria de fotos das chamas consumindo o palácio.

A britânica BBC também publica, com destaque na capa, o devastador incêndio que consumiu, entre milhares de objetos, a Luzia, o mais antigo esqueleto humano encontrado nas Américas, que remete a 12 mil anos, e representa uma jovem entre 20 e 24 anos. Já o The Guardian ressalta a perda «incalculável» para o Brasil.

O francês Le Figaro publica um vídeo com entrevistas. O italiano Corriere della Sera afirma que o acervo já «não existe mais», e ressalta a falta de manutenção do «museu mais antigo do Brasil».

Nos Estados Unidos, os principais jornais também deram destaque à tragédia. O Washington Post ressaltou a batalha dos bombeiros contra o fogo no museu que «abrigava artefatos do Egito, arte greco-romana e alguns dos primeiros fósseis encontrados no Brasil».

O New York Times afirma que incêndio «engole» museu, ameaçando centenas de anos de história. A CNN lembrou que o maior meteorito já encontrado no Brasil também estava abrigado no museu. Ele pesava 5,36 toneladas e foi encontrado em 1784.

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