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Argentina prepara pacote econômico para superar crise

Os argentinos estão na expectativa do anúncio nesta segunda-feira (3) de um pacote de medidas de ajuste econômico, que deve incluir o corte de 13 dos 21 ministérios e demissões no setor público. Amanhã, o país inicia a renegociação do acordo fechado com o FMI (Fundo Monetário Internacional) em junho e que – diante da nova crise cambial – já precisa ser revisto.

O presidente argentino, Mauricio Macri, também está sob crescente pressão para reverter uma de suas principais políticas: cortes nos impostos de exportações de produtos agrícolas. O lobby agrícola tem sido um pilar de apoio para Macri enquanto tenta impulsionar a competitividade do país.

As medidas estavam sob discussão ontem durante negociações sobre a crise lideradas por Macri, segundo a mídia local.

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O ministro da Economia, Nicolas Dujovne, prometeu anunciar hoje medidas para reduzir o déficit primário de 2019 – suas necessidades de financiamento antes do pagamento dos juros da dívida. Com isso, Dujovne espera estabilizar o peso depois de uma desvalorização de 16% na semana passada, mas investidores querem ações decisivas.

A Argentina já concordou em reduzir seu déficit primário a 1,3% do PIB sob um programa de US$ 50 bilhões com o FMI, gerando protestos de sindicatos. Agora, Dujovne prometeu mais cortes no déficit antes de viajar a Washington para negociar com o FMI a aceleração da ajuda.

“O mercado provavelmente vai esperar um orçamento de 2019 que faça uma tentativa crível de eliminar o déficit primário”, disse à “Reuters” Jeffrey Lamoreaux, analista senior na Fitch Solutions.

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