Enquanto não tinha fiscalização, parece que nem tinha regra. Mas, depois que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) passou a fazer blitze em supermercados, shoppings e outros estacionamentos privados para ver se as vagas para idosos e pessoas com deficiência estavam sendo respeitadas, a procura pelo cartão que dá direito a ocupá-las disparou.
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Até o fim de julho, foram 75.712 cartões para idosos, 89% a mais do que no mesmo período de 2017. Em 2016, foram 65.692.
Edson Caram, diretor do DSV (Departamento de Operações do Sistema Viário), faz a relação direta da disparada da procura com as blitze. “Antes, [o cartão] era só para estacionar na rua, que tem poucas vagas. Depois que passamos a fiscalizar em estabelecimentos privados, veio essa procura toda.”
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Iniciada em setembro do ano passado, a operação nos estacionamentos de locais particulares autuou 3.226 motoristas até 12 de agosto: 2.814 por pararem em vaga de idosos e 412 em espaços para pessoas com deficiência. A multa é de R$ 293,47 e vale sete pontos na carteira de motorista.
Exatamente por ver que a regra é mais respeitada quando é monitorada, Caram disse que vai pedir que essa fiscalização seja uma ação permanente, e não apenas por blitze. “Vou pedir para a CET apertar, fazer no dia a dia normal.” Segundo ele, idosos, pessoas com deficiência e até quem não se enquadra no direito à vaga exclusiva agradece quando as multas são aplicadas.
Uma reclamação que as equipes recebem é de idosos que, por terem 60 anos ou mais, estacionam nos espaços reservados sem o cartão e tomam multa. O diretor do DSV destaca que não basta ter 60 anos: é necessário possuir a autorização (veja como solicitar o cartão ao lado).
E mais um detalhe: o cartão é válido no país todo. E, se a pessoa tem cartão de outra cidade válido, ele é aceito em São Paulo também.