O endereço é fácil: embaixo do viaduto dos Bandeirantes, no sentido rodovia dos Imigrantes, à direita. O cenário é uma mistura de casa e galeria e fica difícil passar despercebido.
Para quem olha de fora da grade, quadros, brinquedos, CDs e fitas cassete estão em exposição, mas ninguém parece estar vigiando o local. Uma palma, duas, e o responsável aparece: Antônio Rodrigues, 49 anos, trabalha com reciclagem.
No meio do que alguém considerou lixo, ele encontra seus “tesouros” e leva para casa, um espaço montado no fundo da galeria.
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Quem ajuda a rechear o espaço é Juliana Machado, 35 anos e seu marido, Edmilson. Ela conta que algumas peças também são doações e que é difícil definir qual foi o objeto mais legal que já encontraram. “Passou muita coisa por aqui”, disse.
Antônio e Juliana contam que escolheram morar ali pela segurança. “É melhor do que estar no meio da rua”, relatam. Com as vendas, Antônio quer arrumar os dentes para conseguir um emprego, talvez voltar a trabalhar como cozinheiro. Juliana pensa em conseguir uma casa para a família.
‘Paradinha’ na Bandeirantes
Para visitar a galeria, é só chegar. Os preços são baixos e combinados na hora. A variedade ajuda a levar algo para casa, mas, mesmo que não goste de nada, ainda vale a conversa e a boa recepção.