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ABC estuda entrega de remédios pelos Correios

Poupatempo pode ser utilizado para medicamentos de alto custo Alessandro Valle/Abcdigipress

As prefeituras do ABC estão em busca de alternativas para melhorar a distribuição de remédios na região. Há no momento dois projetos em andamento que podem facilitar a vida dos pacientes que usam a rede pública, mas que, por enquanto, não têm data para saírem do papel.

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O Consórcio Intermunicipal do ABC recebeu ontem o vice-presidente de Negócios Públicos dos Correios, José Furian Filho, para discutir a possibilidade de entrega em domicílio de medicamentos de uso contínuo que hoje são retirados pela população nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

Segundo a entidade regional, Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires, as três cidades com representantes no encontro, acenaram com a possibilidade de levar adiante as negociações com a empresa estatal para implementar o serviço. Mauá e São Caetano informaram que também vão analisar a viabilidade do projeto. Rio Grande da Serra não se pronunciou sobre o assunto. Diadema não faz mais parte do Consórcio.

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O presidente da entidade regional e prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), afirmou que as tratativas serão feitas de forma individual por cada município. “Os Correios têm experiência no assunto, já trabalham com esse tipo de serviço em outras prefeituras fora de São Paulo. Na capital, fazem a entrega de leite em pó. Cada prefeito fará sua análise de custo, mas considero uma necessidade. Não faz sentido pacientes que precisam de remédio de uso contínuo terem de ficar se deslocando para as UBSs”, disse.

Futuras reuniões devem estipular o custo do serviço e quais medicamentos podem ser entregues pelos Correios. “Por ser órgão público, dispensa licitação. Então, pode ser um trâmite muito mais rápido”, afirmou Morando.

Remédios via Poupatempo

Outra ação que visa melhorar a distribuição de remédios é fazer a entrega de medicamentos de alto custo, que hoje só é feita no Hospital Estadual Mário Covas (em Santo André), nas unidades do Poupatempo da região. Em abril, o Estado confirmou que um projeto piloto seria implementado no equipamento de São Bernardo, mas a ação ainda não teve início.
“Isso foi decidido, mas não foi implantado. Continuamos aguardando e à disposição para auxiliar. De nossa parte, os locais estão disponíveis e prontos para receber. Agora, compete ao governo estadual informar o porquê isso não anda”, disse Morando.

A Secretaria de Estado da Saúde alega, porém, que está finalizando o projeto em conjunto com os municípios da região e aguarda o envio de propostas e pareceres das prefeituras para dar andamento à implantação das farmácias em locais estratégicos do ABC, incluindo o Poupatempo de São Bernardo.

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