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Equador diz que Assange deve deixar embaixada

Peter Nicholls/Reuters

O presidente do Equador, Lenín Moreno, disse nesta sexta-feira (27) que seu governo conversa com as autoridades do Reino Unido para encerrar o asilo político concedido ao australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, na embaixada do país latino em Londres.

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Moreno, que fez o anúncio durante visita a Madri, afirmou que «é uma violação aos direitos humanos que uma pessoa permaneça tanto tempo asilada». Para o presidente, no entanto, qualquer mudança no status de Assange deve resultar de negociação entres as partes. «Nós não queremos que a vida dele esteja em risco», acrescentou.

Assange obteve nacionalidade equatoriana em 2017 e é procurado pelas justiças dos Estados Unidos, pelo vazamento de dados confidenciais do governo pela plataforma WikiLeaks, e do Reino Unido, por violar as regras de sua liberdade condicional.

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O criador do WikiLeaks vive em asilo diplomático desde 2012, quando se refugiou na Embaixada do Equador no Reino Unido para escapar de uma extradição para a Suécia, onde era acusado de abuso sexual. Na época, o presidente Rafael Correa o apoiava. No entanto, Moreno, que teve algumas desavenças com seu antecessor, vem adotando uma política menos simpática a Assange.

O australiano teve a conexão com a internet cortada em março pelo governo equatoriano, por supostas interferências em assuntos de outros países – Assange criticara a expulsão de diplomatas russos pelo governo britânico no Twitter.

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