Os financiamentos para compra de imóveis na primeira metade do ano cresceram 23% sobre o mesmo período de 2017, para R$ 25,3 bilhões, considerando os recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Foi a primeira alta registrada para o período em quatro anos.
A Abecip, associação que representa as financiadoras do setor, avalia agora que sua previsão de alta de 10% neste ano pode ser superada, chegando a 16%. A estimativa considera a recente redução dos depósitos compulsórios e a perspectiva de maior entrada de recursos da poupança.
“Há uma perspectiva de sobra de recursos, o que tem deixado os bancos animados para continuar emprestando”, disse o presidente da Abecip, Gilberto de Abreu Filho.
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Se a projeção for confirmada, será a primeira alta em quatro anos. Após atingir o pico de R$ 113 bilhões em 2014, o volume de empréstimos caiu fortemente desde então, até os R$ 43 bilhões registrados no ano passado, o menor nível em uma década.
Juros maiores
Para o executivo, a greve dos caminhoneiros em maio trouxe como uma das consequências o aumento dos juros futuros, o que pode no médio prazo levar os bancos a praticarem taxas maiores e impactarem negativamente o setor. Mas por enquanto isso ainda não aconteceu, e tudo pode depender do comportamento do mercado frente aos resultados das eleições presidenciais de outubro.
Além dos recursos da poupança, a Abecip prevê que o governo deve liberar volumes maiores do FGTS, recursos usados sobretudo para financiar a compra de imóveis populares.
“Neste momento estamos vendo os bancos mais otimistas do que a própria cadeia da construção civil”, disse Abre Filho.