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Pai de brasileira morta na Nicarágua diz acompanhar caso pelas redes sociais

O pai de Raynéia Gabrielle Lima, estudante morta na Nicarágua na noite da segunda-feira 23, disse que a família está recebendo as informações sobre o caso da filha pelas redes sociais e pela imprensa. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Ridevando Pereira contou que ainda há poucas informações sobre as circunstâncias da morte de Raynéia.

Segundo ele, a menina estava perto de se formar como médica na Universidade Americana de Manágua (UAM) e atuava no hospital da Universidade. Ridevando acrescentou que a filha era dedicada aos estudos e não tinha interesse nas questões políticas do país.

«Ela foi para lá só com o intuito de estudar, era muito estudiosa», afirmou, acrescentando que Raynéia não pensava em voltar para o Brasil antes de se formar, mesmo com a crescente violência e protestos contra o governo de Daniel Ortega no país. «Como ela era estrangeira, ela não opinava em nada», disse Ridevando.

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Raynéia morava em Manágua há cinco anos, sozinha, e não tinha parentes no país. Natural de Pernambuco, ela era filha única por parte de mãe, mas tinha três meias-irmãs e um meio-irmão por parte de pai. Segundo Ridevando, a jovem tinha o costume de conversar com a mãe sobre sua rotina na Nicarágua.

Em um post no Facebook, Raynéia falou de seu amor pelos pais. «É doloroso já não contar com a presença de vocês aqui pertinho», escreveu, acrescentando sentir saudades da família. «Obrigada por serem meus pais, meus amigos, meu apoio, meu tudo! Amo vocês incondicionalmente!»

A estudante planejava voltar para o Brasil quando se formasse, mas uma postagem do Facebook do dia 21 de junho mostra a possibilidade de antecipação do retorno. Na postagem, a jovem colocou seu cachorro de estimação para adoção. «Alfe, dois anos de idade, por motivo de viagem busca um novo lugar, muito brincalhão e carinhoso», escreveu.

Na mesma rede social, Raynéia demonstrava seu amor pela natureza e prática do ioga, além de sua relação com a Nicarágua. Ela se descrevia como «nascida no Brasil, renascida na Nicarágua».

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