A Tailândia cumpriu a primeira pena de morte no país em nove anos. Um homem que matou um adolescente para roubar seu celular foi executado nesta segunda-feira 17, causando críticas de grupos de direitos humanos. Theerasak Longji tinha 26 anos e foi executado com uma injeção, no cumprimento da pena que recebeu por homicídio qualificado. Em 2012, ele esfaqueou a vítima 24 vezes para roubar seu celular.
Esta foi a primeira execução no país desde que dois narcotraficantes foram condenados à morte em agosto de 2009, afirmou a Anistia Internacional em comunicado, classificando a medida como «deplorável».
Theerasak foi o sétimo condenado a ser executado por injeção letal desde que a Tailândia substituiu o método anterior, quando os condenados eram mortos por um pelotão de fuzilamento. Desde 1930, 326 pessoas foram executadas no país, informou o Departamento de Correções.
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O órgão disse, na segunda-feira, que a pena de Theerasak deve servir de exemplo àqueles que pensam em cometer crimes graves. «Mesmo que muitos países tenham abolido a sentença de morte, ainda há muitos outros que a usam, como Estados Unidos e China. Eles se concentram na proteção da sociedade e dos cidadãos, para que não se tornem vítimas dos crimes e fiquem acima dos direitos humanos daqueles que violaram a lei», disse departamento em comunicado.
De acordo com a Anistia Internacional, a execução foi um grande revés para o país. «Esta é uma violação deplorável do direito à vida», disse a ativista da Anistia Internacional na Tailândia, Katherine Gerson. «A Tailândia está surpreendentemente renegando seu compromisso de avançar rumo à abolição da pena de morte e rumo à proteção do direito à vida», completou.