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Após Kim e Trump, conheça outros 10 apertos de mãos que passaram à história

Antes do encontro entre americano e norte-coreano nesta terça, outros rivais políticos já protagonizaram encontros emblemáticos – mas nem todos resultaram em acordos duradouros.

Kim Jong-un e Donald Trump protagonizaram nesta terça-feira o primeiro encontro entre líderes da Coreia do Norte e dos Estados Unidos e um aperto de mãos histórico – um gesto que, embora simples, costuma ter bastante impacto simbólico.

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Nem todos os importantes apertos de mãos deram origam a acordos duradouros, mas alguns deles marcaram época na história recente ao colocar frente a frente rivais políticos.

Abaixo, eis dez casos em que encontros improváveis resultaram em fotos emblemáticas:

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1. Chamberlain e Hitler

Neville Chamberlain cumprimenta Adolf Hitler; britânico achou que daria paz à Europa, mas não poderia estar mais enganado

Em 22 de setembro de 1938, o ditador alemão Adolf Hitler e o premiê britânico Neville Chamberlain se encontraram em um hotel em Godesberg, na Alemanha.

Os dois líderes apertaram as mãos após discutirem a ocupação alemã da região dos Sudetos, na antiga Checoslováquia.

Chamberlain regressou ao Reino Unido confiante de que sua intervenção garantiria a paz na Europa. Estava errado: a Segunda Guerra Mundial seria deflagrada no ano seguinte.

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  2. A carta que Colombo escreveu após chegar às Américas e que os EUA acabam de devolver à Espanha

2. Churchill, Truman e Stálin

Winston Churchill, Harry Truman e Joseph Stálin fizeram aperto triplo de mão enquanto redefiniam as fronteiras da Europa

Em 23 de julho de 1945, o presidente americano Harry Truman (centro), o premiê britânico Winston Churchill (à esquerda) e o líder soviético Joseph Stálin (direita) posaram para as câmeras durante a Conferência de Potsdam, na qual discutiram as novas fonteiras da Europa – e em particular as da Alemanha – após a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial.

A conferência foi concluída com acordos relacionados aos termos de rendição do Japão na guerra e ao desarmamento da Alemanha, que acabaria dividida entre leste comunista (sob a influência soviética) e oeste capitalista (sob a órbita do Ocidente) até os anos 1990.

3. Lyndon Johnson e Martin Luther King Jr.

Lyndon B. Johnson entrega a caneta e cumprimenta Martin Luther King Jr. na assinatura de uma das leis mais importantes da história dos EUA

Em 2 de julho de 1964, o presidente americano Lyndon B. Jonhson cumprimentou em Washington o líder do movimento de direitos civis Martin Luther King Jr., na cerimônia de assinatura da Lei de Direitos Civis, que poria fim ao sistema de segregação racial que vigorava no país.

A medida vetou a discriminação com base em raça, cor, religião, gênero e nação de origem, e é considerada até hoje uma das mais importantes leis dos EUA.

4. Mao e Nixon

Encontro entre Mao e Nixon foi vitória diplomática e marcou início de uma lucrativa relação comercial (Keystone/Getty Images)

Em 21 de fevereiro de 1972, o líder da China comunista Mao Tsé-Tung e o presidente americano Richard Nixon apertaram as mãos em encontro histórico em Pequim.

O encontro ocorreu durante uma turnê de Nixon pela China, após 23 anos de relações congeladas entre os dois países.

Essa mudança de rumo não apenas pôs fim a anos de hostilidade e desconfiança entre os países como também abriu portas para uma lucrativa relação comercial bilateral.

5. Gorbachev e Reagan

Gorbachev e Reagan prestes a se cumprimentar, numa época em que a Guerra Fria já estava arrefecendo

Em novembro de 1985, o líder soviético Mikhail Gorbachev e o presidente americano Ronald Reagan se cumprimentaram em uma cúpula em Genebra, Suíça, marcando o início do fim da Guerra Fria.

6. Thatcher e Mandela

Quatro anos após encontro com Thatcher, Mandela virou presidente da África do Sul (GERRY PENNY/AFP/Getty Images)

Em 4 de julho de 1990, a premiê britânica Margaret Thatcher e o líder do Congresso Nacional Africano (CNA) Nelson Mandela apertaram as mãos na sede do governo britânico, em Londres.

Foi um importante marco no reconhecimento internacional de Mandela e do CNA – o grupo chegou a ser chamado de «típica organização terrorista» por Thatcher.

Mandela se tornaria presidente da África do Sul quatro anos após esse encontro.

7. Rabin e Arafat

Yitzhak Rabin (esq) e Yasser Arafat se cumprimentam sob o olhar de Bill Clinton; Acordos de Oslo não saíram do papel (MPI/Getty Images)

Em 13 de setembro de 1993, o líder palestino Yasser Arafat e o premiê israelense Yitzhak Rabin se cumprimentaram em Washington, sob mediação do presidente americano Bill Clinton.

O encontro foi parte dos Acordos de Oslo, que visavam a estabelecer um processo de paz no Oriente Médio. Hoje, porém, com tensões contínuas na região, analistas dizem que esses acordos estão cada vez mais distantes de serem colocados em prática.

8. Martin McGuinness e a rainha Elizabeth 2ª

Martin McGuinness cumprimenta a rainha Elizabeth 2ª, em encontro que ‘definiu nova relação’ entre Reino Unido e Irlanda do Norte (WPA-Pool/Getty Images)

Em 27 de junho de 2012, durante uma visita à Irlanda do Norte, a rainha britânica Elizabeth 2ª cumprimentou Martin McGuinness, vice-primeiro-ministro regional, ex-comandante do Exército Republicano Irlandês.

O aperto de mãos durou poucos segundos, mas teve grande relevância histórica.

Posteriormente, McGuinness afirmou que o encontro teve o potencial de definir «uma nova relação entre o Reino Unido e a Irlanda e entre o próprio povo irlandês».

9. Obama e Raúl Castro

Obama e Castro iniciaram uma reaproximação entre EUA e Cuba

Em 21 de março de 2016, o presidente americano Barack Obama e o presidente cubano Raúl Castro se cumprimentaram durante um encontro no Palácio da Revolução, em Havana.

Obama foi o primeiro presidente americano a visitar a ilha comunista em quase um século.

A reunião foi cordial e parte dos esforços de reaproximação bilateral, mas Castro aproveitou-a para dizer que só o fim do embargo americano a Cuba permitiria a normalização das relações entre os países.

10. Santos e Timochenko

Juan Manuel Santos e Timochenko se cumprimentam, observados por Raúl Castro: foi o fim do mais longevo conflito armado latino-americano

Em 23 de junho de 2016, o presidente colombiano Juan Manuel Santos e o líder da guerrilha Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) Timoleon Jimenez – o Timochenko – se cumprimentaram após assinar um acordo de paz em Havana, com mediação de Raúl Castro.

O cessar-fogo definitivo foi um dos últimos passos cruciais para pôr fim a 52 anos de conflito armado, o mais longevo da história latino-americana.

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