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A aldeia fantasma que está sendo dominada pela natureza

Houtouwan, na China, viveu anos de prosperidade com a pesca, mas a transferência da atividade a cidades vizinhas fez com que o local fosse abandonado e coupado pela vida selvagem – até ser redescoberto pelos turistas.

A aldeia de Houtouwan já foi uma próspera comunidade pesqueira, estabelecida nos anos 1950 na ilha de Shengshan, no leste da China.

Mas, à medida que a pesca – e a própria China – foram se desenvolvendo, o porto de Houtouwan acabou ficando pequeno demais para as embarcações gigantescas que começaram a circular pela região. A atividade pesqueira acabou sendo distribuída para portos próximos maiores.

E, assim, Houtouwan foi praticamente abandonada nos anos 1990.

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O fotojornalista Johannes Eisele, da agência AFP, visitou o local e descobriu que a hoje aldeia fantasma está sendo reocupada pela natureza: dezenas de casas e edificações já estão completamente cobertas pela vegetação, como mostram as fotos tiradas por ele.

O aspecto pitoresco está agora sendo explorado por agências de turismo, e multidões de visitantes têm ido de Shanghai (a 140 km de distância) a Houtouwan para ver de perto suas ruínas verdes.

A aldeia chegou a abrigar uma comunidade com cerca de 3 mil pescadores, morando em mais de 500 casas.

Eles se mudaram para as cidades vizinhas à medida que a pesca minguou por ali.

A ilha é de difícil acesso porque, durante parte do ano, as águas do mar sobem e impedem que pequenos barcos se aproximem da costa. Com isso, a única conexão com o restante de Shengshan era uma trilha montanhosa.

Isso dificultou também o abastecimento de serviços e comida à comunidade.

A maioria dos moradores de Houtouwan foi embora até meados dos anos 1990. Hoje, há pouquíssimas pessoas morando ali.

Segundo a AFP, Houtouwan virou um popular destino turístico nos últimos anos – e não era raro se deparar com pessoas tirando selfies diante das casas abandonadas da aldeia.

Mas, no ano passado, autoridades chinesas começaram a cobrar uma entrada de 50 yuan (cerca de R$ 30) pela entrada e limitou o acesso dos turistas a apenas algumas partes da cidade.

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