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‘Não sou favorável à privatização da Petrobras, BB e Caixa’, diz Marina

A pré-candidata ao Palácio do Planalto Marina Silva (Rede) se posicionou nesta quarta-feira contra a privatização da Petrobras e dos bancos oficiais Caixa e Banco do Brasil. Em sabatina promovida pelo Sindicato Nacional de Auditores Fiscais e o jornal Correio Braziliense, Marina disse ainda que é preciso fazer uma reforma da Previdência que não olhe apenas o lado do empregador e defendeu um sistema tributário mais simplificado. «Em primeiro lugar, não sou favorável às privatizações da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. Agora acho que é possível que algumas empresas sejam privatizadas», disse.

Sobre a Eletrobras, a pré-candidata não expressou especificamente ser contra a venda da estatal, mas questionou o processo de privatização da empresa que vem sendo feito pelo governo. «A gente não vende a joia da família para jantar fora», comentou.

Marina afirmou que o governo do presidente Michel Temer (MDB) só prejudicou o debate da Previdência e isso por oportunismo e por querer atender apenas a uma parte da sociedade. «É preciso uma reforma da Previdência devido ao grande déficit, mas não se pode ouvir apenas o lado do empregador. Muitos grupos com poder de pressão não foram atingidos pela proposta do governo», disse a pré-candidata, sem citar que grupos seriam esses.

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Após a sabatina, Marina disse em entrevista que não pretende fazer «um embate» com o pré-candidato Jair Bolsonaro, que hoje está na dianteira das pesquisas, mas pretende mostrar suas visões diferentes da do concorrente, especialmente na área da segurança pública.

«É preciso ter firmeza para resolver a falta de segurança pública, mas esse problema não se resolve com mais violência, nem distribuindo armas para as pessoas», avaliou. Marina disse que é preciso encontrar uma solução para o alto índice de homicídios no País e acabar com os poderes de «bandidos» que, das prisões, controlam tráficos de drogas e de armas.

Ao falar sobre a campanha eleitoral, Marina disse que é a única que tem se posicionado contra a divulgação de notícias falsas. «O Ciro, o Bolsonaro e o Alckmin jamais terão de mim qualquer atitude de desconsideração e de desconstrução de imagem», disse, referindo-se aos pré-candidatos do PDT, PSL e PSDB à Presidência, respectivamente.

A ex-senadora ainda se queixou da disputa de 2014, quando teria sido vítima da então concorrente petista Dilma Rousseff e do marqueteiro João Santana. «Quem inventou o ‘fake news’ não foi o Trump (Donald Trump, presidente dos Estados Unidos), foi a Dilma e o João Santana».

A uma pergunta sobre o que ela tinha mudado de 2014 para cá, Marina optou em apontar mudanças na concorrência: «Naquelas eleições, existiam aqueles que disputavam poder em estruturas criminosas na Petrobras, no Banco do Brasil e por meio de venda de medidas provisórias. Agora, muitos não estão disputando eleições, mas salvo-condutos», disse.

Marina citou que atualmente cerca de 200 parlamentares do Congresso Nacional estão sendo investigados no âmbito da Operação Lava Jato.

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