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Caminhoneiros falam em nova greve; entenda o motivo

Leonardo Benassatto/Reuters

Após quase duas semanas de greve, os caminhoneiros temem que sua principal conquista, a mudança na tabela de preços mínimos para fretes, seja perdida. Isso porque os empresários, especialmente os do agronegócio, lutam para derrubar a medida. Os motoristas acompanham atentamente as negociações com o Governo.

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«Se essa tabela cair, vai ter uma greve pior que a última. E aí não vai ter negociação, pois eles vão querer provar para o mundo que são fortes, vai ser uma grande revolta», declarou Ivar Luiz Schmidt, representante do CNT (Comando Nacional do Transporte), ao jornal O Estado de S. Paulo. Ele hoje é um dos grandes articuladores e participa de quase 90 grupos diferentes no WhatsApp.

José Fonseca Lopes, presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), acredita que é possível alcançar um meio termo entre as reivindicações de caminhoneiros e empresários. «Esperamos que se encontre um denominador comum e não prejudique o caminhoneiro. Caso contrário, podem esperar uma nova rebelião», disse ao Estadão. Fonseca foi um dos principais nomes nas negociações que encerram a greve.

Schmidt afirma que as negociações vêm se arrastando desde 2016. «Hoje, não existe categoria mais massacrada que o caminhoneiro. Há 30 anos esse profissional vem sendo explorado», reclamou.

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