Os professores da rede particular de ensino da capital sinalizaram que podem suspender o movimento de paralisação dos colégios com a garantia de que o sindicato que representa as escolas não vai alterar os termos da convenção coletiva da categoria.
Docentes e donos de escolas discutem mudanças no acordo que podem reduzir o recesso de fim de ano, cortar a gratuidade dos filhos e alterar a semestralidade.
Em encontro, os sindicatos que representam os professores e as escolas construíram uma proposta de conciliação, que, segundo os docentes, prevê a manutenção integral da convenção até fevereiro do ano que vem, 3% de reajuste e PLR de 15%.
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A proposta foi aprovada pelos professores em assembleia na tarde dessa segunda-feira, no Sinpro-SP, o sindicato da categoria, na zona sul. “Conseguimos. Nenhum direito a menos”, comemorou o presidente Luiz Antonio Barbagli.
Os termos foram aceitos, mas o estado de greve foi mantido. Se até quarta-feira o acordo não for assinado pelos donos das escolas, os professores podem retomar as paralisações e até iniciar greve.
Presidente do Sieeesp, sindicato das escolas, Benjamin Ribeiro da Silva afirmou que a proposta ainda deverá ser submetida aos donos dos colégios – mas esse encontro pode ocorrer só depois do prazo definido pelos professores.
De braços cruzados
Antes da assembleia, os professores realizaram o segundo dia de paralisações. As aulas foram interrompidas em cerca de 100 unidades – em escolas como Equipe, Santa Cruz e Vera Cruz.
O dia terminou com ato na avenida Paulista, no centro. A primeira paralisação, quarta passada, afetou 37 colégios.
Mudanças na convenção coletiva que estão dividindo professores e donos de escolas
• Recesso de fim de ano
Escolas: querem reduzir para 23 dias. Professores: querem manter os 30 dias
• Gratuidades
Escolas: querem limitar a gratuidade na mensalidade para só um filho em escolas com até 200 alunos
Professores: querem manter o benefício de duas gratuidades
• Semestralidade (Política prevê que professores só podem ser demitidos no fim dos semestres)
Escolas: querem que direito só seja garantido a partir do 36º mês de trabalho
Professores: querem manter direito a partir do 22º mês