O primeiro dia de mobilização dos professores da rede particular da capital terminou com saldo de 37 colégios fechados na quarta-feira – como o Equipe, o Santa Cruz e o Vera Cruz – e a definição de um novo dia de paralisações na próxima terça-feira. De hoje até segunda-feira o funcionamento será normal.
A decisão foi tomada em assembleia à tarde na frente do Sinpro-SP (sindicato dos professores, na zona sul). A categoria rejeitou a ideia de iniciar greve, mas o assunto poderá ser discutido novamente semana que vem.
Os docentes protestam contra mudanças na convenção coletiva propostas pelos donos das escolas e que podem reduzir o recesso de fim de ano e cortar a gratuidade na mensalidade dos filhos. O Sieeesp (sindicato patronal) diz que a situação econômica do país tornou a revisão necessária.
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Segundo o Sinpro-SP, cerca de 3 mil professores cruzaram os braços ontem. Entre as unidades que não funcionaram estão outros colégios tradicionais, como São Domingos, Nossa Senhora das Graças e Liceu Pasteur – parte deles já havia de antemão suspendido as aulas.
Os professores levaram faixas para as ruas e fizeram panfletagens na porta de escolas como Bandeirantes e Dante Alighieri. No largo da Batata, houve aula aberta.
Depois da assembleia, os professores seguiram para o vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na região central, onde realizaram ato no fim da tarde.
Às 18h, o ato parou o trânsito da avenida Paulista nos dois sentidos e contou com a participação de pais e alunos simpáticos às paralisações. “Apoiei os professores desde o primeiro momento. Se os pais não apoiam, o movimento fica mais fraco”, disse o economista Fernando Camargo, 47 anos, que tem filhos nos colégios Alecrim e Equipe, ambos com docentes paralisados.