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Fiscalização reprova quase 60% das amostras de azeite de oliva

Uma fiscalização do Ministério da Agricultura (MAPA), batizada de Operação Isis, avaliou 107 marcas de azeite de oliva comercializadas por 65 empresas e reprovou 59,7% das amostras. As principais irregularidades encontradas foram a mistura do azeite de oliva com outros óleos e a tentativa de iludir o consumidor pelo rótulo.

Confira a lista com as amostras que foram APROVADAS

Veja as marcas que foram REPROVADAS

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Segundo o Ministério da Agricultura, 300 mil litros de produtos irregulares – e mais 400 mil litros de outros produtos classificados como temperos, mas com rótulos de azeite de oliva – foram retirados do mercado.

As empresas responsáveis pelas fraudes serão autuadas e multadas no valor mínimo de R$ 5 mil, acrescido de 400% sobre o valor da mercadoria fiscalizada. O valor máximo da multa permitida por lei é de R$ 540 mil. Os produtos apreendidos estão proibidos para consumo humano, mas permite-se a reciclagem industrial, principalmente na produção de sabão, ainda de acordo com o MAPA.

Operação Isis

As ações de fiscalização de qualidade do azeite são realizadas desde 2014. A última Operação Isis – nome em homenagem à deusa egípcia que teria criado o azeite extraído da oliveira – foi iniciada em abril de 2017 e estendeu-se até dezembro com a participação de 140 auditores fiscais agropecuários de todos os Estados.

As amostras de todos os lotes de azeite procedentes de diferentes países foram analisadas nos laboratórios oficiais do MAPA em Goiás e no Rio Grande do Sul (Laboratórios Nacionais Agropecuários – Lanagros).

Em 2018, a Operação Isis, iniciada em janeiro, terminará em dezembro, e será ampliada para avaliar 470 amostras a serem coletadas em todo o País. A partir deste ano, as ações de fiscalização estão sendo intensificadas por meio de parcerias com a Receita Federal, Ministério Público, Polícia Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“O número de fraudes ainda é expressivo, mas o trabalho de melhoria do produto continua,” disse Fátima Chieppe Parizzi, Coordenadora-geral de Qualidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “Não vamos desistir. Nosso objetivo é orientar o consumidor. É muito difícil para ele saber o que é azeite de oliva conforme e não conforme.”

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