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Andar na Paulista é como caminhar abraçado a um aspirador de pó ligado

Medição mostra barulho maior que um secador de cabelo | andré porto/metro

Caminhar pela avenida Paulista numa tarde de dia útil é quase como andar por aí abraçado a um aspirador ligado. Em alguns momentos, esperar por um ônibus na mesma avenida equivale a estar sentado numa retroescavadeira em atividade.

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Os dados são de projeto piloto feito pela ProAcústica (Associação Brasileira para Qualidade Acústica), que pressiona a Prefeitura de São Paulo pela execução de um Mapa de Ruído Urbano, conforme instituído por lei sancionada em 2016 pelo então prefeito Fernando Haddad (PT).

Nesta quarta-feira, Dia Internacional da Conscientização Sobre o Ruído, a ProAcústica lançou uma versão reduzida do que deve ser o mapa, abrangendo a área entre as avenidas Paulista, Brasil, 9 de Julho e 23 de Maio. “A cidade está doente e o mapa é uma radiografia, uma fotografia sonora”, explica o engenheiro Marcos Holtz, vice-presidente de atividades técnicas da entidade.

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Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o nível recomendado para a audição humana é de até 50 decibéis. A média da Paulista. por exemplo, fica em torno de 70 –o equivalente ao barulho de um aspirador de pó.

“Aqui é muito diferente de Angra dos Reis (RJ), onde eu moro; tem muito barulho. É gritar para poder se fazer ouvir. Na casa do meu irmão, na Vila Mariana, é mais tranquilo, mas ainda acho barulhento”, disse o fotógrafo Mateus Hal, 25 anos, ontem na avenida Paulista.

No mapa, o Ibirapuera é a área com menor ruído. Veja no mapa: 

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