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‘Ouvi quando ela foi baleada’, diz irmã de mulher ferida em ônibus

Reprodução/Band

A irmã de uma mulher baleada durante o arrastão a um ônibus na tarde dessa quinta-feira, 19, no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo, contou que as duas conversavam ao telefone quando o assalto foi anunciado e relatou a tensão ao perceber que a irmã estava ferida.

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«Eu estava no telefone conversando com ela, falando sobre viagem, dando risada, falando besteira. De repente eu escutei um grito e os tiros em seguida, foram cinco disparos que eu me lembre e fiquei falando ‘alô’ e ela já não respondia mais”, contou Nanci Prado dos Reis em entrevista a José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes.

Neusa Maria Prado, de 58 anos, foi uma das quatro pessoas que ficaram feridas e está internada no Hospital Municipal Saboya, também na região do Jabaquara, em estado grave, mas estável. Ao 90 Minutos, Nanci afirmou que a família está confiante na recuperação total da irmã.

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Ela ainda detalhou toda a preocupação após perceber que a Neusa havia sido baleada e conta que demorou alguns minutos até conseguir notícias do que tinha ocorrido no coletivo. “Eu pensei que tivesse entrado algum ladrão no ônibus e ela tivesse escondido o telefone só que depois eu comecei a escutar ‘socorre ele, que está mais perigoso’. Aí, eu escutei o sobrenome dela, Maria Prado, e desliguei o telefone na hora porque eu já sabia que ela tinha tomado um tiro.”

Em seguida, Nanci diz que ligou para a filha, que estava na região e viu a movimentação de viaturas e ambulâncias, e contou o que havia ocorrido. Após isso, tentou contato com a irmã ligando algumas vezes até que um enfermeiro do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) atendeu e pediu que ela fosse até o hospital. «Eu não sabia o que fazia. Eu tive um teste grande de coração», desabafou.

Arrastão e tiroteio

Neusa é uma das quatro pessoas que ficaram feridas após o arrastão a um coletivo intermunicipal na Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira que atendia a linha Jabaquara-Ferrazópolis. Após o assalto ser anunciado, um policial militar à paisana que estava de folga reagiu.

Durante o tiroteio, o policial Elton Ribeiro Cunha, o assaltante reconhecido pelo motorista, Damião Barbos Sousa e o jovem Felipe Fuschi Amaro, de 24 anos e recém-formado em Direito, não resistiram e morreram.

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