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Prefeitura de SP não elimina cobrador na licitação dos ônibus

A prefeitura de São Paulo desiste de incluir na licitação dos ônibus a eliminação da figura do cobrador.

 

João Doria anunciou a medida como promessa no ano passado, no entanto, sem uma formalização, ela não passa de intenção.

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A ideia era que não houvesse demissões e os profissionais fossem realocados em outras funções.

 

Porém, o edital definitivo do novo sistema, que deve ser publicado na semana que vem, não aborda o assunto.

 

Sendo apenas um acordo verbal, portanto, não há garantias de que ocorra.

 

O poder público e as empresas defendem a extinção do cargo, já que apenas 5% dos passageiros pagam em dinheiro.

 

Os números reforçam a tese: gastam-se 800 milhões de reais com salários de trocadores, muito mais que os 300 milhões de reais pagos em dinheiro vivo nas catracas.

 

Os passageiros, em geral, concordam que não há necessidade de ter uma pessoa com a função única de receber.

 

Há cerca de 20 mil cobradores de ônibus na cidade de São Paulo recebendo em média três mil e 300 reais cada um.

 

Francisco Christovam, presidente da SPUrbanuss, a entidade que representa as empresas de ônibus, afirma que os profissionais vão virar ajudantes em algumas linhas e em horários específicos.

 

A previsão é que os profissionais, ao perderem a função de cobradores, passem a ser motoristas e assumam outras posições nas empresas onde já trabalham.

 

Só que, de acordo com o edital da nova licitação dos ônibus de São Paulo, não há indicativo de que a ideia vá sair do papel.

 

A prefeitura foi procurada, mas disse que não vai comentar.

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