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Doria acusa França de usar ‘máquina pública’ para fazer campanha; governador ameaça processo

Divulgação/Governo do Estado de São Paulo | Leon Rodrigues/SECOM

A campanha esquentou. Pré-candidato ao governo do Estado, João Doria (PSDB) subiu o tom contra o atual governador, Márcio França (PSB), que vai tentar se reeleger para o cargo.

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Em entrevista à rádio Jovem Pan nesta quinta-feira, Doria fez questão de dizer de diversas formas que França é alinhado com a esquerda e o acusou de usar recursos públicos para fazer política. O governador respondeu  que vai entrar com representação judicial contra seu adversário – a avaliação é que pode ter havido crime contra a honra (calúnia, injúria ou difamação).

Os dois “disputam” o título informal de candidato de Geraldo Alckmin (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes. França foi vice do agora ex-governador. Doria é do partido de Alckmin, que já declarou que apoiaria o postulante de sua legenda.

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O ex-prefeito de São Paulo questionou o que seu adversário terá para mostrar como realização, tendo sido secretário de Ciência e Tecnologia. “Ele não fez nada, fez política o tempo inteiro e continua a fazer isso agora como governador, usando dinheiro público para política partidária”, afirmou.

Outro ponto a que Doria voltou diversas vezes foi ressaltar que o adversário é de esquerda: mencionou sempre por extenso, “Partido Socialista Brasileiro”, a legenda do governador, chamou-o algumas vezes de “Márcio Cuba, digo, França”, mostrou fotos dele com lideranças de partidos como PT e PCdoB e disse que ele adora o ex-presidente Lula.

Questionado se as investigações sobre o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado como arrecadador de propina para o PSDB, afetariam sua candidatura, Doria respondeu: “Márcio Cuba, ou melhor, Márcio França, eu não tenho ações na Justiça, não tenho Lava Jato, não tenho relação com Odebrecht, nem com portos e aeroportos”.

A resposta veio logo depois. Em suas redes sociais, França escreveu: “O prefeito que abandonou a cidade de SP será acionado judicialmente, via MP-SP [Ministério Público], por representação, pelas mentiras que falou a meu respeito hoje”.  

Ex-prefeito desconversa sobre sair a presidente já

Na mesma entrevista em que atacou repetidas vezes o governador Márcio França (PSB), João Doria (PSDB) desconversou quando questionado se, caso a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência não decole, ele assumiria como postulante tucano ao Palácio do Planalto.

“Eu nem quero pensar nisso porque estou focado. Eu sou candidato, eu sou pré-candidato ao governo de São Paulo pelo meu partido, pelo PSDB. E o meu candidato à Presidência da República chama-se Geraldo Alckmin”, disse Doria. E completou: “Não é hora de fazer essa discussão, ainda”.

Repetidas vezes em que foi questionado se deixaria a Prefeitura de São Paulo para concorrer ao Bandeirantes ou mesmo ao Planalto, Doria disse que estava focado em “prefeitar”. “Fui eleito para ser prefeito por quatro anos e serei”, disse em diversas entrevistas.

O jornalista Cláudio Humberto publicou ontem em sua coluna no Metro que há políticos do PSDB exatamente com a avaliação de que Alckmin tem uma candidatura fraca e querendo convencer o ex-governador que Doria assuma a cabeça da chapa tucana à Presidência. A ele, proporiam que disputasse o Senado.  A conferir os próximos capítulos.  

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