A Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) confirmou as conclusões do Reino Unido sobre o «agente nervoso» usado no envenenamento do ex-espião russo Serghei Skripal e de sua filha Yulia.
Embora o relatório da Opaq, divulgado nesta quinta-feira (12), não mencione o nome da substância, Londres alega que o ataque foi realizado com um agente químico do tipo novichok, de criação soviética. «O resultado das análises das amostras biomédicas coletadas pela equipe da Opaq confirma as conclusões do Reino Unido sobre a identidade do agente tóxico que foi usado em Salisbury e que feriu três pessoas», diz o comunicado da entidade.
Além de Skripal e sua filha, o ataque atingiu um policial que socorreu o ex-espião. O russo é o único que continua internado.
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O nome da substância está em um relatório confidencial da Opaq que foi enviado a todos os Estados-membros.
A investigação da entidade vencedora do Nobel da Paz em 2013 foi pedida pelo próprio Reino Unido, que acusa a Rússia pela tentativa de homicídio. «A Rússia nunca produziu nenhum agente químico militar além daqueles declarados com base na Convenção de Armas Químicas, de 1997», declarou o vice-ministro da Indústria e do Comércio de Moscou, Gheorghi Kalamanov.
Skripal trabalhava como agente duplo para os serviços de inteligência russos e britânicos e, após ser descoberto, ganhou direito de residência e cidadania do Reino Unido. Seu envenenamento abriu uma crise entre Moscou e Londres e levou à expulsão de dezenas de diplomatas russos de quase 30 países.