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Empresas de telefonia têm 90 dias para organizar fios em postes de São Paulo

As teles Claro, Vivo/Telefônica, Oi e TIM terão 90 dias para organizar os cabos instalados em postes da distribuidora AES Eletropaulo na capital.

O prazo foi determinado na última sexta pela Comissão de Resolução de Conflitos das Agências Reguladoras, Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a pedido da Eletropaulo, que desde 2015 solicita a regularização. Ele passa a correr quando elas forem notificadas.

Além de identificar e organizar cabos instalados em 2.129 postes, as quatro empresas terão de remover equipamentos em desuso.

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Caso os fios não sejam regularizados no prazo, a Eletropaulo poderá recolhê-los – o que pode comprometer o funcionamento dos serviços de telefonia e internet.

As empresas que tiverem fiação irregular removida poderão recuperá-la, desde que ressarçam a Eletropaulo dos custos da remoção, em até 90 dias após a retirada.

Para o engenheiro Carlos Augusto Kirchner,  do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, a “perspectiva de corrigir esses assuntos está maior, mas a regularização de 2.100 postes é insignificante para uma cidade do tamanho de São Paulo”.

O especialista destaca a parcela de responsabilidade das companhias telefônicas. “Todos os anos, as empresas instalam novos cabos e não retiram os que estão sem uso, o que acumula fiação excessiva, muito além do que a norma prevê”, diz.

Kirchner defende que “os municípios assumam o papel de fiscal”, e classifica o respeito ao espaço público como uma questão de segurança. “Além de ficarem expostas a choques elétricos, as pessoas muitas vezes andam na rua para desviar de cabos soltos na calçada, correndo perigo de atropelamento”, alerta.

O que dizem as empresas

Questionada, a Vivo respondeu que “já executou o ordenamento da rede, que se encontra em fase final de vistoria” e que tem “projetos de ordenamento em andamento junto à AES Eletropaulo e à prefeitura”.

A TIM disse estar aguardando “a notificação da Anatel para avaliar as medidas cabíveis”, e a Oi informa que “está avaliando a notificação”. A Claro também não foi notificada, mas alega seguir “padrões técnicos de segurança.”  

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