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Empresário agredido em frente ao Instituto Lula não tem previsão de alta

Carlos Alberto Bettoni, que foi hospitalizado após ser agredido na quinta-feira passada, dia 5, em frente ao Instituto Lula, na zona sul de São Paulo, permanece hospitalizado. Levado ao hospital São Camilo, no Ipiranga, Bettoni foi diagnosticado com traumatismo craniano. Desde então, tem tomado medicamentos – que o deixam meio inconsciente – e recebido acompanhamento de um psiquiatra, que tem feito um trabalho de reconstituição do caso. Três pessoas foram indiciadas pela agressão.

Ele parece lembrar bem do momento da confusão, mas, sem assistir TV, não tem noção das proporções que a história tomou. Um padre também tem passado no quarto para falar com o administrador. Segundo o boletim médico desta quarta-feira, 11, Bettoni está na UTI com quadro estável e não tem previsão de alta.

Com os amigos e familiares, ele não fala muito sobre o caso. Prefere conversar sobre amenidades – piadas têm sido frequentes. A esposa do administrador, Terezinha Quaresma, disse que o marido não lhe contou sobre a hipótese aventada por que estava no local – de que ele xingou o senador Lindbergh Farias e deu início ao tumulto. «Você sabe como é mulher, né? Se tivesse me falado, eu teria perguntado: ‘Nossa, mas por que você fez isso?'», afirmou ela.

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Bettoni, segundo a família, não é fanático por política. Sem preferência partidária, ainda não escolheu um candidato preferido para as eleições deste ano. «Ele é anti-PT, sempre foi Neste momento, não só ele, mas todo o Brasil, está com essa sede de punição dos políticos. Principalmente quem é empresário e paga imposto. Você vê seu dinheiro indo para o ralo», diz a esposa. Os dois votaram em Aécio Neves, do PSDB, em 2014. «Para barrar o PT.»

Uma amiga da família, que voltava de Miami no dia da confusão e seria buscada pelo casal no aeroporto, tem ajudado Terezinha a cuidar de Bettoni no hospital. Segundo ela, o administrador lembra de três homens partindo para cima dele naquela noite.

Em uma foto tirada na terça-feira, 10, – que a família pediu para não ser divulgada -, o administrador aparece sem camisa e com touca e faixas na cabeça deitado no hospital. Aparenta estar consciente. Com um leve sorriso no rosto, segura uma caixinha de suco de uva, que lhe é entregue todas as manhãs junto com um sanduíche e uma gelatina. Ele só come o pão.

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