O inquérito que apura se o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu propina por meio de doações eleitorais da Odebrecht deve chegar até o fim do mês ao MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo.
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O pré-candidato à presidência pelo PSDB era investigado no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas, como perdeu o foro privilegiado, o MPF pediu que o caso seja enviado à primeira instância.
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Segundo executivos da Odebrecht, o tucano recebeu mais de R$ 10 milhões por meio de caixa dois nas campanhas de 2010 e 2014. Parte dos recursos teria sido intermediada pelo cunhado Adhemar Cesar Ribeiro; ele nega.
Integrante da Lava Jato em São Paulo, a procuradora regional da República Janice Ascari diz que ainda não é possível afirmar que Paulo Vieira de Souza – ex-diretor da Dersa e alvo da primeira denúncia da Força-Tarefa Paulista – seja, de fato, um operador de propinas do PSDB.
«Os documentos que nós temos ainda não nos dão essa percepção. Até porque há pessoas com prerrogativa de foro (José Serra e Aloysio Nunes Ferreira). Então, essa informação não está em nosso poder», disse Ascari. Paulo Vieira de Souza está preso e foi denunciado por desviar R$ 7,7 milhões das obras do Rodoanel.
Até o ano passado, a Força-Tarefa da Lava Jato em São Paulo tinha 3 integrantes. Desde fevereiro, são 11 procuradores, mas ainda há dificuldades, como o fato de a dedicação deles não ser exclusiva.