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Alckmin sobre obras no Metrô: é natural que sejam inauguradas no final do governo

Wilson Dias/Agência Brasil

Desde 1995 no poder em São Paulo, o PSDB inaugurou a maioria das obras de Metrô em ano eleitoral: 8 em cada 10 foram abertas nesta época. Para o pré-candidato à Presidência da República e ex-governador do Estado, Geraldo Alckmin, «é natural» que as inaugurações ocorram no final do governo.

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«As obras exigem financiamento externo, desapropriações, aprovações ambientais, licitações internacionais e têm custo elevado. Entreguei inúmeras estações no ano passado e mais seis antes de deixar o governo. Márcio França (atual governador) vai entregar mais 16 até o final do ano», disse em entrevista ao programa Band Eleições, na noite dessa segunda-feira (9).

Alckmin afirmou ainda que «em plena crise econômica e sem dinheiro federal», o governo vai deixar, em 8 anos, 20 novas estações inauguradas até o final de 2018.

Denúncias

Alckmin assumiu que o PSDB teve problemas «como os demais partidos» e foi breve para falar sobre as denúncias envolvendo a legenda e seu nome. «A Justiça é para todos. Defendo a investigação, a punição para quem for culpado e que seja inocentado quem for inocente», falou. «Eu fui citado em uma delação, mas as minhas campanhas sempre foram modestas e dentro da lei».

«Paulo Preto [ex-diretor da Dersa na gestão do PSDB] não é filiado ao partido. Ele teve uma denúncia que nós, do governo, ajudamos a apurar e encaminhamos ao Ministério Público», explicou. Sobre Aécio Neves, senador do PSDB, o tucano informou que ele já foi afastado da presidência do partido e que irá se defender.

Polarização

Ainda para o ex-governador de São Paulo, a disputa entre PSDB e PT é resultado da ausência de uma Reforma Política. «Nós temos, no Brasil, 35 partidos políticos, ou melhor, muitas pequenas e médias empresas, alguns que nem deveriam ser chamados de partidos políticos. O resultado é essa fragmentação», falou.

Alckmin disse ainda que, para enfrentar o populismo, é necessário «falar a verdade para as pessoas». «O problema de quem faz populismo fiscal, que gasta dinheiro que não existe no governo, é que quem paga a conta do governante é o povo. É ele que sofre as consequências. Vou falar a verdade».

Segurança

O tema será um dos mais abordados durante a campanha política e Alckmin acredita que é possível reduzir a violência no Brasil. «É um problema no país inteiro, na América latina. Vivemos em uma região violenta. O Brasil, em particular, teve uma piora nos indicadores de segurança, que está relacionada ao tráfico de drogas e de armas», explicou.

A forma de abordar o problema, na visão do ex-governador, seria focando nas fronteiras com outros países e criando um trabalho integrado entre as polícias e Estados. «Tecnologia, informação e ação diplomática com países vizinhos. O crime não tem fronteira».

Band Eleições

O programa semanal teve estreia nesta segunda-feira, à 00h25, e foi apresentado pelo jornalista Rafael Colombo.

Para entrevistar o convidado, a bancada contou com as participações dos jornalistas Fernando Mitre e Julia Duailibi. O Band Eleições será reexibido às terças-feiras no BandNews TV e na Rádio Bandeirantes.

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