Entenda as consequências se Lula não se entregar em Curitiba

Em entrevista à BandNews FM, o advogado criminalista e professor de direito penal e econômico da Fundação Getúlio Vargas, Celso Vilardi, fala sobre as consequências que o ex-presidente Lula pode sofrer em caso de desistência de uma ida voluntária a Curitiba.

“No meu entendimento, foi concedida uma oportunidade, que seria uma forma menos traumática de se efetuar a prisão. Ele, portanto, não é obrigado a ir. Mas, a partir das 17h, a polícia poderá cumprir o mandado de prisão”.

 Questionado pela colunista Mônica Bergamo se Lula poderia ser considerado um foragido se não for até a sede da PF no Paraná, Vilardi alerta que, conforme está ocorrendo, o caso deve ter uma consolidação já neste final de semana.

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“(Foragido) Não no sentido literal da palavra, pois ele não fugiu. Mas , na verdade, a partir das 17h, poderá ter uma missão policial com o objetivo de prendê-lo. Talvez isso não ocorra hoje, porque entendo que a combinação do código de processo penal com a constituição federal determina que não haja nenhum tipo de invasão no período noturno. Mas acho que amanhã, pela manhã, deva acontecer uma prisão”.

Perguntado sobre o que faria se fosse advogado do ex-presidente Lula, Celso Vilardi alerta que nem tudo passa pelas orientações de um profissional de direito, mesmo que seja a indicação mais correta.

“A posição técnica e jurídica é que é efetivamente melhor. Combinar a apresentação, da forma menos traumática possível, acho que isso seria a orientação de qualquer advogado. Mas, isso não é decisão do advogado e uma decisão da pessoa”.

Celso Vilardi finaliza destacando o que deve acontecer com Lula em caso de uma prisão imediata nesta sexta-feira (06).

“Em condições normais, não sairia logo (da prisão). Mas o STF vive um momento crítico. Rosa Weber acompanhou o restante na última votação do Habeas Corpus, mesmo tendo uma posição diferente. Ninguém sabe se ela manterá a posição em uma votação nova. É imponderável”.