O juiz federal Sérgio Moro mandou preparar uma sala reservada, «espécie de Sala de Estado Maior», na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciar o cumprimento de sua pena – 12 anos e um mês de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá.
Moro reconheceu a «dignidade do cargo ocupado» por Lula.
«Esclareça-se que, em razão da dignidade do cargo ocupado, foi previamente preparada uma sala reservada, espécie de Sala de Estado Maior, na própria Superintendência da Polícia Federal, para o início do cumprimento da pena, e na qual o ex-Presidente ficará separado dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física», escreveu.
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O magistrado também proibiu Lula algemado. «Vedada a utilização de algemas em qualquer espécie».
A decisão de Moro foi tomada logo depois de o petista sofrer novo revés no Supremo Tribunal Federal, que, na madrugada desta quinta-feira, 5, por 6 votos a 5, esmagou a última pretensão do ex-presidente ao rejeitar pedido de habeas corpus preventivo por meio do qual Lula requeria o direito de recorrer até a última instância em liberdade.