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Cartoon Network: maratonas e episódios especiais comemoram os 25 anos do canal

«O Laboratório de Dexter», «Johnny Bravo», «As Meninas Superpoderosas», «A Vaca e o Frango», «Ben 10», «Titio Avô», A Hora de Aventura, Apenas um Show, Irmão do Jorel… Muitos personagens do Cartoon Network ajudaram a construir a memória afetiva de várias gerações no País ao longo dos últimos 25 anos. Canal infantil pioneiro na TV paga brasileira, o Cartoon foi seguido por uma série de outras emissoras a cabo também voltadas para as crianças, como Discovery Kids, Disney Channel, Boomerang, Nickelodeon e Gloob. Lançado em toda América Latina em 1993, o canal faz aniversário por aqui no dia 30 de abril, mas já inicia os festejos a partir desta segunda, 2, com programação especial, incluindo uma maratona que será exibida no dia 29 de abril, com os melhores episódios de personagens que já saíram do ar .

«Mas a comemoração dos 25 anos vai ser ao longo deste ano», avisa Adriana Alcântara, diretora sênior de conteúdo e produção nacional do Cartoon Network, Boomerang e Tooncast para o Brasil. Assim, como parte integrante das celebrações, estreiam ainda este ano a 3ª temporada de Irmão do Jorel e a 2.ª temporada da Turma da Mônica clássica – ambas com novas temporadas já confirmadas. A novidade para o ano que vem é a estreia da série Mônica Jovem, que já está em produção. «Essa (Mônica Jovem) é uma propriedade que a gente está olhando com carinho, acreditando que tem potencial enorme, até por conta de já existir no mercado dos quadrinhos.»

As produções nacionais, aliás, são destaques do canal. Adriana Alcântara conta que os produtos locais estão na programação no Brasil há cerca de dez anos, antes mesmo de as TVs pagas precisarem por lei cumprir cotas de conteúdo nacional dentro de sua grade de programação. A série de desenho animado Gui & Estopa, de Mariana Caltabiano, de 2009, foi a primeira produção nacional do canal. E uma das séries queridas da atualidade é Irmão do Jorel, de Juliano Enrico, que estreou em 2014 e conquistou o público com a história do menino que vive à sombra do irmão mais velho, o Jorel, em meio a uma família excêntrica. «O protagonista é exatamente o não protagonista. A gente gosta muito dessa irreverência, desse quadro não convencional, não tradicional de trazer entretenimento para a criança de hoje. E que é desafiador, porque é uma geração que está superantenada, que tem acessibilidade de conteúdos em várias frentes, que vão muito além da TV», diz Adriana. Hoje com 33 anos, Juliano Enrico conta que assistiu ao canal «pela primeira vez na sala da minha avó, em 1993, mais ou menos». «Lembro de ficar em choque ao descobrir que poderia ver (mais de) 24 horas de desenhos animados sem parar. Assim que minha avó cochilava vendo novela, eu pegava o controle remoto bem delicadamente e colocava no Cartoon», diverte-se ele.

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Fãs mais velhos

Adriana Alcântara afirma que o público-alvo do canal sempre foi muito claro: está na faixa etária dos 4 aos 11 anos. E, para além da TV, estende sua atuação em plataformas digitais e também eventos presenciais. Mas, desde o começo da trajetória do canal no Brasil, o humor e a criatividade de suas produções atraem também espectadores mais velhos, de adolescentes e adultos. «Não pensamos nossa estratégia com esse foco, mas, de fato, ficamos muito felizes de ver que, no nosso target, somos líderes, e temos uma performance grande entre 18 e 24 anos.»

O jornalista e apresentador Marcelo Tas não só é um desses adultos que são fãs do canal, como fez parceria com ele em duas séries: Plantão do Tas e Papo Animado, cada uma com três temporadas cada. «Admiro o Cartoon por algo simples de entender e difícil de praticar: respeitar a inteligência das crianças na hora de criar conteúdos que possam desafiar a imaginação desses pequenos seres. Agradeço ao Cartoon pelas décadas de aprendizado e pelo meu desenho predileto: o Laboratório de Dexter!»

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