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Com mudanças na lei, conselho de SP corre para tombar edifícios; entenda

O Conpresp (conselho municipal de preservação do patrimônio histórico) tombou, nas duas últimas semanas, uma série de prédios residenciais, comerciais e culturais de São Paulo.

Entre os pedidos aprovados estão vários complexos da USP (Universidade de São Paulo), na zona oeste, como os departamentos de História e Geografia e de Engenharia Mecânica e Naval, além de edifícios das avenidas Paulista e São João, no centro, e bibliotecas e escolas públicas nas zonas sul, norte e leste.

Muitos dos projetos analisados são de arquitetos com influências modernistas, como um conjunto de casas de 1929 na rua Barão de Jaguara, na Mooca, zona leste, do ucraniano Gregori Waschavchik. O conselho também tombou construções do curitibano Vilanova Artigas, incluindo o estádio do Morumbi, na zona oeste.

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Na extensa lista de tombamento também estão residências do bairro de Perdizes e o salão de festa do clube Pinheiros, ambos na zona oeste.

Desde a aprovação da nova Lei de Zoneamento, pela gestão passada, foi determinado um prazo de dois anos a partir da data de apresentação do pedido de tombamento ao conselho para a definição do processo.

Os lotes analisados nas reuniões tinham vencimento previsto para a sexta-feira. Assim, endereços que tiveram o tombamento negado poderão ser modificados e até demolidos sem passar por análise da prefeitura.

Segundo a diretora do DPH (Departamento de Patrimônio Histórico), Mariana Rolim, qualquer cidadão pode apresentar um pedido de tombamento para uma construção. “Os requerimentos chegam ou por membros da sociedade ou por estudos do DPH que avaliam a importância do imóvel para São Paulo”, explica.

Além de analisar a arquitetura do projeto, o Conpresp leva em consideração o valor histórico dos pedidos para definir se eles serão ou não patrimônios da cidade. “Os prédios tombados ganham uma representatividade maior do que os outros perante a sua memória e o seu legado”, explica o professor do curso de arquitetura do Mackenzie José Geraldo Simões.

Moradores ou gestores de patrimônios históricos possuem algumas vantagens, como isenção parcial de impostos para aplicação em obras de conservação e restauração do imóvel.

Para Mariana, o maior benefício do tombamento está na preservação do passado. “O fato de estar em um prédio tombado significa que você mora em um bem representativo para a história e cultura da cidade. É um motivo de orgulho.”  METRO

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