João Doria, prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo pelo PSDB, disse que não deseja uma eleição polarizada entre ele e o vice-governador Márcio França (PSB), nesta terça-feira (20), no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.
«Quero uma campanha que se faça com tom de propostas, é isso que a população deseja. Uma disputa que tenha propostas para o governo, para melhorar a gestão pública do Estado de São Paulo», falou.
Entretanto, ele não deixou de cutucar, novamente, o vice-governador e futuro adversário nas eleições. «Eu tenho respeito pelo vice-governador, mas estamos em campos opostos. Ele acabou de receber apoio forma do PTD de Ciro Gomes e do PCdoB em São Paulo. O PSB [partido de França] declarou apoio nacional a Lula e ao PT», criticou.
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Ao ser questionado se ele achava que Márcio França era, de fato, de esquerda, Doria foi firme: «se não for de esquerda, por que aceita apoio de Ciro Gomes? Ciro Gomes é o que? O PT é o que? O PCdoB é o que? Quem aceita apoio de esquerdista, esquerdista é».
O prefeito também acredita que o vice de Geraldo Alckmin «não fica feliz» com a participação dele nas eleições ao Governo de São Paulo. «Na primeira pesquisa de um instituto de muita credibilidade, ainda no pré-lançamento das candidaturas, eu tive 40% e ele teve 20% dos votos. Você vê que a diferença não pesquisa. Logicamente ele não fica feliz».
«Potencial aliado»
Doria falou ainda que o apoio do MDB é importante pela «tradição e força expressiva», apesar de Paulo Skaf ter se apresentado como pré-candidato em São Paulo.
«É um potencial aliado. Respeito Paulo Skaf, tenho boas relações. Vamos seguir com uma boa conversa e mais adiante, quem sabe, não sai uma coligação do MDB e PSDB no Estado de São Paulo», declarou à RB.
O prefeito vai deixar o cargo no dia 6 de abril para se dedicar à campanha.