Os moradores de Higienópolis (centro) se uniram nos últimos dias para protestar contra o fechamento de uma banca de água de coco, na praça Esther Mesquita. Além de protestos no local, foi criado um abaixo-assinado virtual.
Na semana passada, a prefeitura teria determinado a retirada da banca com base em denúncia do Ministério Público, que aponta que a instalação está irregular.
Segundo o funcionário da banca Franklin Magassy, a promotoria também teria alegado que o local está em abandono, o que ele nega e diz que faz questão de manter a praça bem cuidada.
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A proprietária, Jeane Lima, afirma que, no começo – há mais de 20 anos –, os próprios moradores ajudaram a melhorar o local para atrair mais gente.
O espaço é agradável e o bom humor da dupla atrai muitos clientes. O corretor de imóveis Ubirajara Barros, 68 anos, gosta de parar por ali para conversar e se refrescar no fim do dia.
A designer Marlene Ohara, 30, passa sempre pelo local e conta que é um dos poucos espaços tranquilos e seguros do bairro. Nenhum dos dois, assim como grande parte dos moradores da região, entende o motivo para tirar a banca do local.
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) ainda espera resposta oficial da prefeitura sobre as providências que serão tomadas. A Prefeitura Regional da Sé disse que um chamamento público será feito para receber propostas de melhorias para o local e ressalta que não há nenhum documento que garanta a permanência da banca.
Jeane, por outro lado, insiste que há anos tenta conseguir a documentação com a prefeitura, mas nunca tem sucesso.