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AMAs vão virar unidades básicas até o fim do ano

Todas as AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais) deixarão de existir na capital paulista até o fim do ano, segundo o secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo, Wilson Pollara. A promessa é de que o atendimento médico não será interrompido, pois a maior parte dos postos se tornará UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

Segundo o secretário, a mudança faz parte de uma reestruturação do sistema de saúde da cidade.

As UBSs estão sendo reformuladas para que médicos façam tanto consultas com horário agendado (como sempre foi feito) quanto pronto atendimentos, em casos de baixa complexidade.

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Para situações de emergência com média ou alta complexidade, os pacientes deverão procurar as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

Ao Metro Jornal, Pollara afirmou que os atendimentos realizados pelas AMAs são inadequados por serem feitos de maneira ‘sintomática’, sem diagnóstico feito por tratamento em sequência. “Agora, com a reformulação das UBSs, os pacientes que procurarem as unidades para pronto atendimento poderão ser atendidos pelos mesmos médicos com os quais já fazem tratamento de rotina.”

Do total de 108 AMAs existentes hoje, 79 se tornarão UBSs, 13 serão transformadas em UPAs e as outras 16 em ambulatórios de especialidades.

Para o presidente do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), Eder Gatti, a reestruturação pode ser benéfica para a cidade se o dinheiro que hoje é investido nas AMAs  for revertido para o sistema de atenção primária, que será utilizado nas UBSs. “É importante que não haja corte de investimento na saúde, que a mudança não venha apenas para reduzir gastos.”

Gatti afirmou que é necessário saber se o número de médicos de Saúde da Família que serão contratados para atuar nas UBSs dará conta da demanda existente após fechamento das AMAs. “Sem isso, a mudança pode gerar uma desassistência e deixar pacientes sem terem para onde ir”.  

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