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Indústria do ABC perde 50% das vagas em 28 anos

A indústria, histórico e principal motor econômico do ABC, na Grande São Paulo, perdeu metade dos postos de trabalho com carteira assinada nos últimos 28 anos,  entre 1989 e 2017, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). As informações disponibilizadas pelo governo  federal agora são tabeladas e analisadas pelo Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), lançado ontem.

O número de vagas de emprego passou de 363.333 para 186.378 no período – menor quantidade da série histórica (veja abaixo). A queda representa 51% do total.

Entre os motivos da diminuição apresentados pelo grupo de estudos da instituição de ensino estão a saída de grandes empresas da região no decorrer dos anos, como a Brastemp,  o aumento do setor de serviços no ABC, além da recessão enfrentada pelo país nos últimos anos.

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“Em Santo André, por exemplo, a avenida Industrial não tem mais nada de indústria. As grandes empresas deram espaço para hipermercados. Também há um efeito de globalização. Hoje, o carro tem o farol de um lugar, o para-brisa de outro. Isso também provoca a desindustrialização”, explicou o gestor da escola de negócios da USCS, professor José Carlos Garré.

Outro ponto apresentado como causa do “êxodo” de empresas foi a “guerra fiscal”. Cidades do interior do Estado, como Sorocaba e Americana, ofereceram menores taxas de impostos, o que levou as fábricas a mudarem de endereço.

Observatório

A equipe formada por docentes, doutorandos e mestrandos da universidade foi criado com o objetivo de estimular a produção de estudos e pesquisas voltadas à área econômica do ABC, além de elaborar diagnósticos sobre os temas.

No primeira carta divulgada ontem, havia análises sobre PIB (Produto Interno Bruto), empreendedorismo, nível de endividamento das prefeituras, entre outros assuntos. 

São Bernardo autoriza concurso para 782 vagas

A Prefeitura de São Bernardo assinou ontem, em cerimônia realizada no Salão Nobre do Paço, contrato com a Fundação Vunesp para realização de concurso público voltado ao preenchimento de 782 vagas, entre cargos técnicos de 12 secretarias, além de reforços nos quadros da Educação, Serviços Urbanos e GCM (Guarda Civil Municipal). Os salários variam de R$ 1.675,86 a R$ 9.348,71.

A previsão do município é que o edital com a relação completa de cargos, salários e escolaridade exigida seja publicado entre 30 a 60 dias.

A maior parte das vagas será destinada à pasta de Educação, com oportunidades para diretor de escola (50), coordenador pedagógico (35), professor de educação básica (325) e professor de educação especial (10).

Já para a GCM serão disponibilizadas 100 vagas. As demais oportunidades serão distribuídas entre as secretarias de Administração, Desenvolvimento Social, Finanças, Gestão Ambiental, Habitação, Obras, Planejamento Urbano, Serviços Urbanos e Transportes.

De acordo com a administração, além da reposição de cargos técnicos e complemento em secretarias estratégicas, outro será a contratação de 100 oficiais administrativos que serão distribuídos em todas as pastas. 

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