Policiais militares utilizaram gás de pimenta e soltaram bombas de gás lacrimogêneo nesta quarta-feira, durante ato de professores na Câmara Municipal de São Paulo, no centro da capital paulista. Ao menos três professores ficaram feridos, segundo o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal.
Os docentes estão em greve há seis dias contra o Projeto de Lei (PL) 621/2016, que cria obstáculos ao acesso dos servidores municipais à aposentadoria. O tema foi analisado pelos vereadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que foi realizada nesta quarta-feira, e teve o parecer aprovado por 5 votos a 3. Com isso, o projeto segue em tramitação para ser votado em plenário pelos vereadores.
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Mais cedo, por volta das 14h, centenas de servidores públicos tentaram ocupar a Câmara Municipal e vidros da Casa foram quebrados. A Tropa de Choque foi acionada e disparou bombas contra os manifestantes. Ao menos uma professora teria sido agredida pelos guardas na confusão.
A sessão no salão nobre teve de ser suspensa e só foi retomada mais tarde em outro local, no plenário da Casa. Depois da ação policial, professores ocuparam as duas pistas do viaduto Jaceguai e bloquearam a rua Dona Maria Paula nos dois sentidos.
O prefeito João Doria condenou a invasão de professores na Câmara Municipal. Segundo ele, houve excessos de ambas as partes envolvidas: professores e a GCM (Guarda Civil Metropolitana).
“Houve uma invasão, isso tem que ficar claro, o que não justifica nenhum tipo de violência, nem da parte de quem invade, nem da parte invadida. A prefeitura, na figura do prefeito, não justifica e não ampara nenhum tipo de agressão. Mas condena a invasão”, disse em entrevista coletiva. Doria disse ainda que a atuação da GCM dentro da Câmara é instruída pela mesa diretora da Casa.
Em nota, a presidência da Câmara Municipal de São Paulo disse que atuou para garantir o amplo debate em relação ao PL 621, de 2016, que trata da reforma da previdência municipal. “Tanto que [a Câmara] assegurou o acesso de manifestantes ao plenário onde ocorria a reunião da CCJ e ao auditório externo até a lotação máxima dos dois espaços, para garantir a segurança de todos, inclusive dos próprios manifestantes. Eventuais excessos das forças de segurança que atuam dentro do Legislativo serão apurados”, diz a nota.
Vídeo mostra confusão dentro da Câmara: