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Pré-candidatos em teste: definição abre caminho para negociação de alianças entre partidos

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Com a corrida presidencial se desenhando, os pré-candidatos começam a construir panoramas para atrair votos. Em comum, os políticos trabalham com um asterisco: a presença ou não do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que condenado em segunda instância aposta fichas em decisões favoráveis na Justiça para ser candidato.

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Na largada, os governistas trabalham com dois nomes: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

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Maia tenta se reforçar com um cinturão político formado pelo Centrão em torno da candidatura, ainda considerada desacreditada, sobretudo pelo pífio desempenho na pesquisas. PP e Solidariedade sinalizam apoio. PRB e PR são os alvos do político.

Alckmin corre atrás para manter a tradição de cinco eleições com tucanos no segundo turno. Até agora, apenas o PSD declarou que subirá no palanque do PSDB, que vai atrás de PPS, que naufragou no projeto Luciano Huck.

O MDB trabalha com a candidatura própria, mas lhe faltam nomes. O partido jogou fichas no maciço apoio popular à intervenção na segurança pública no Rio de Janeiro para, até o segundo semestre, viabilizar a candidatura à reeleição de Michel Temer. A investigação do presidente no inquérito dos Portos somada à quebra de sigilo bancário colocaram os planos de molho.

Uma opção é tirar Henrique Meirelles do PSD, mas o nome é visto mais como um candidato a vice ou para compor chapa para o Senado.

A posição do PSB é aguardada. O partido tenta convencer o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa a concorrer, mas a aposentadoria lhe parece mais conveniente.

Herdeiro

Uma retirada de Lula da disputa colocará em marcha um movimento em partidos mais à esquerda. Ciro Gomes (PDT) se movimenta para ser a opção mais alinhada. Pesquisa Datafolha, porém, mostrou que a principal herdeira dos votos é Marina Silva (Rede).
Manuela D’Ávila (PCdoB) tenta embolar o novelo, que tem Guilherme Boulos (Psol) também como uma opção e que corre por fora.

O PT evita trabalhar com um plano B para não enfraquecer a estratégia da defesa do ex-presidente, mas internamente o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad é o nome mais lembrado como substituto. Nas pesquisas, o petista, porém, tem desempenho tímido: inferior a 3% das intenções.

Jair Bolsonaro (PSL) quer assumir o favoritismo e fincar os pés no segundo turno, contrariando as análises que dizem que a candidatura vai derreter ao longo da corrida.

Azarões

No páreo, o senador Álvaro Dias (Pode) frequenta a parte do meio das pesquisas, mas acredita que pode melhorar de posição com o tempo.

Fernando Collor (PTC) traçou a estratégia de relembrar feitos no governo, do qual sofreu impeachment em 1992.

O empresário João Amoêdo (Novo) surge como uma opção que tenta atrair o empresariado para o primeiro voo do partido nas urnas. Na linha ideológica, Paulo Rabelo de Castro (PSC) tenta ser o nome afinado com ideais dos evangélicos.

Entre os pré-candidatos de partidos nanicos, Valéria Monteiro (PMN) e João Vicente Goulart (PPL) entram na disputa para marcar posição.

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