Profissionais da saúde e do controle de zoonoses de São Bernardo, na Grande São Paulo, prometem percorrer um raio de 500 metros ao redor da casa e do trabalho de todas as gestantes da cidade com o objetivo de fiscalizar terrenos abandonados e auxiliar moradores da região no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. As principais ações são evitar mato alto e não deixar água parada, principal criadouro do inseto.
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De acordo com a prefeitura, a cidade tem média de 3 mil grávidas por mês. O foco em proteger as gestantes é por conta da microcefalia, doença de má-formação do cérebro do bebê durante a gravidez que pode ser causada pelo zika vírus. A ação também visa proteger as mulheres, que durante os meses de gestação apresentam baixa imunidade.
O projeto funciona da seguinte forma: assim que a mulher receber o diagnóstico de gravidez na rede municipal, terá de preencher uma ficha com os dados pessoais para que a visita de prevenção seja feita na área da residência. A campanha conta com parceria das clínicas e hospitais particulares, que também vão passar informações sobre as gestantes cadastradas. O projeto foi lançado na manhã de ontem, na maternidade do HMU (Hospital Municipal Universitário), no bairro Rudge Ramos.
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O prefeito Orlando Morando (PSDB) disse que a campanha está em vigor desde o início deste mês com “força-tarefa” nas ruas.
“Iremos usar pelo menos 80% das equipes até final de abril, quando as temperaturas estão elevadas e o risco do mosquito é maior. Tudo foi planejado, temos a capacidade de poder chegar em todas as gestantes”, explicou o chefe do Executivo.
Indispensável
Para o secretário de Saúde do município, Geraldo Reple Sobrinho, a prevenção é indispensável mesmo com a cidade não tendo registrado caso de zika vírus até agora.
“É uma ação desafiadora e inovadora. As gestantes agora vão ser quase que uma notificação compulsória para o município”, disse o chefe do setor.
Casos de dengue caem 96% no ABC
Os casos de dengue tiveram queda de 96% em Santo André, São Bernardo e São Caetano na comparação entre 2017 e 2016. A porcentagem corresponde a diminuição de 1429 para 57. Os dados foram fornecidos pelas prefeituras.
Em São Caetano, o número caiu de 108 para 9. Santo André confirmou redução de 424 para 35 no mesmo período. Já em São Bernardo, a queda de infectados foi de 897 para 13 (veja mais informações sobre dengue, zika e chikungunya no quadro ao lado).
Apesar da queda em todas as cidades, as prefeituras dizem que continuam com campanhas de prevenção e combate ao mosquito.