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‘Não me dê rosas’: Entenda o que querem as mulheres no dia 8 de março

Reprodução/Facebook

Todo 8 de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher, é comum encontrar na internet frases como «não me dê rosas» ou «dispenso o seu parabéns». A mensagem, que, a princípio, pode soar um tanto rude para alguns internautas, traz em seu conteúdo um significado poderoso.

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Apesar da boa (e sincera!) intenção dos presentes e agradecimentos, a data nada tem a ver com singelezas. Em 8 de março de 1911, um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York matou cerca de 130 operárias carbonizadas devido às más condições do local de trabalho.

Mas até aí, nada que não se possa descobrir em uma pesquisa sobre o tema. A questão que fica é: o que essas mulheres têm a dizer? Conversamos com algumas feministas declaradas para saber como elas acreditam que a data deve ser comemorada (se é que deve ser comemorada). Confira:

Com um público de quase 400 mil inscritos em seu canal, sendo que cerca de 90% são mulheres, a youtuber consegue abordar temas como empoderamento feminino e autoaceitação de maneira «natural», como ela mesmo diz. «Está tudo bem ser do jeitinho que você é, como você quer ser.»

Apesar de não considerar seus vídeos políticos, reconhece que o conteúdo é sim político. Mas enfatiza: está lá para ser uma opção de entretenimento «politicamente consciente, de mulheres para mulheres».

Criada em 2013, a organização sem fins lucrativos tem como principal objetivo empoderar as mulheres por meio da informação, tópico que as integrantes consideram fundamental para o combate à desigualdade. «Lutamos para que cada mulher esteja cada vez mais consciente de seus direitos e de sua capacidade de realização», explica a jornalista.

Nesta semana, a série #OlgaExplica buscou explicar em vídeos curtos, de até 60 segundos, oito direitos que as mulheres têm, mas que são praticamente desconhecidos, como de proteção contra violência, amparo físico e emocional e saúde reprodutiva.

Para Maíra, depois de um ano com denúncias de abuso e assédio sexual tomando conta dos debates públicos, a próxima missão que o feminismo deverá enfrentar será como cobrar as autoridades. «Não devemos nos calar jamais, enquanto nos mantivermos falando, estaremos empoderando outras mulheres.»

Afinal, o que elas querem?

Daniela Pegoraro, 20 anos, estudante de jornalismo

«Queremos um mundo onde ser mulher tenha um significado diferente: que não seja sinônimo de ser feminina, sensível, vaidosa, frágil ou qualquer outro estereótipo que nos é imposto desde o nascimento. Onde ser mulher signifique apenas ser você mesma, sem julgamentos, sem medo, sem desigualdade, sem precisar provar a todo tempo de que se é mulher.»

Bruna de Moraes, 20 anos, estudante de moda

«Claro que nós gostamos de receber flores, presentes e elogios, mas essa data é um dia de luta. Ela foi criada em memória de mulheres que morreram lutando pelos nossos direitos e queremos que eles sejam respeitados. Só me dê flores se também me der respeito o ano inteiro.»

Entendeu?

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