Pesquisadores descobriram que a atmosfera de Júpiter é mais profunda do que o imaginado e que seus polos são cobertos por agrupamentos geométricos de ciclones. Os estudos baseados em dados recolhidos pela sonda Juno, da Nasa, foram publicados nesta quarta-feira (7) na revista especializada Nature.
Os dados mostraram que a atmosfera gasosa de Júpiter é muito maior do que se pensava e se alastra por quase 3 mil quilômetros de profundidade e corresponde a um centésimo da massa total do planeta gasoso. Para se ter uma ideia, a troposfera da Terra, onde voam os aviões, tem cerca 20 km de altura.
No interior do maior planeta do Sistema Solar, há agrupamentos de redemoinhos psicodélicos de faixas de nuvens e correntes de ar impulsionadas por ventos fortes em direções opostas e em diferentes velocidades.
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Os dados revelaram também que o polo norte de Júpiter possui uma constelação de nove ciclones e o sul de seis. A velocidade dos ventos em alguns locais pode ultrapassar a um de furacão de categoria 5, chegando a 350 km/h.
No centro do planeta, composto 99% de hidrogênio e hélio, os gases se comprimem num liquido metálico denso, que gira uniformemente como se fosse um corpo sólido. O fenômeno explica o gigantesco campo magnético de Júpiter. Se fosse visível da Terra, teria o mesmo tamanho da Lua cheia.
Primeira sonda sonda da Nasa a visitar o planeta após a missão Galileu, que esteve ativa entre 1995 e 2003, a Juno foi lançada em 2011 e orbita Júpiter desde julho de 2016.