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Dono de submarino nega morte de jornalista sueca

Inventor é acusado de ter torturado e abusado sexualmente de sueca antes de matá-la e jogá-la ao mar

Reprodução/Facebook

O inventor dinamarquês Peter Madsen negou nesta quinta-feira (8) ter assassinado a jornalista sueca Kim Wall, que estava em seu submarino para entrevistá-lo em agosto de 2017, mas assumiu ter mutilado o corpo e jogado ao mar.

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A declaração foi dada hoje, durante o primeiro dia do seu julgamento em Copenhague, por sua advogada de defesa. Embora tenha acompanhado a audiência, Madsen não falou em nenhum momento. O veredito é esperado até 25 de abril. De acordo com a defesa do inventor, a jornalista de 30 anos morreu de maneira acidental, depois que uma escotilha de 70 quilos teria caído sobre a sua cabeça, enquanto estava no submarino feito pelo seu cliente. A procuradoria acusa o dinamarquês de ter torturado e abusado sexualmente da sueca antes de matá-la e jogá-la ao mar. Ele foi indiciado pelo Ministério Público por assassinato, profanação de cadáver e agressão sexual, podendo ser condenado à prisão perpétua.

Histórico
A morte de Wall chocou o mundo inteiro. Segundo os dados da autópsia, os membros e a cabeça foram «deliberadamente» retirados do torso.

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Wall, 30 anos, era uma jornalista sueca que atuava de maneira independente e que já cobriu conflitos em diversos países, como Uganda e Coreia do Norte, para diversos jornais internacionais.

No dia 10 de agosto do ano passado, ela foi fazer uma pauta com Madsen e teria embarcado no submarino criado por ele. Como não enviou mais notícias, no dia seguinte, o companheiro e os familiares da repórter freelancer denunciaram o desaparecimento de Wall.

Com as buscas em andamento, os agentes resgataram Madsen do mar de Oresund, entre a Dinamarca e a Suécia. Na ocasião, o homem foi preso pela polícia local sob a acusação de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, mas nega as acusações. No entanto, ele havia apresentado duas versões diferentes sobre o caso.

No primeiro, ele afirmou que a jornalista deixou o submarino por vontade própria. Depois, afirmou que ela morreu em um «incidente» na embarcação e que ele lançou o corpo dela no mar já sem vida.

Os investigadores acreditam ainda que Madsen provocou o naufrágio no submarino, já que quando o equipamento foi resgatado do mar ele estava totalmente vazio.

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