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Programa City Câmeras completa um ano com mais de mil ‘olhos’ fiscalizando São Paulo

Secretário de Segurança observa a rede de monitoramento pelo site André Porto/Metro

O programa City Câmeras, da Prefeitura de São Paulo, completa neste mês um ano de funcionamento com 1.427 aparelhos em operação e a promessa de estender ainda mais os olhos eletrônicos pela cidade.

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Foi oficializada ontem a doação de mais mil câmeras para o projeto. Metade delas será entregue em maio e a outra metade, em junho.

Espalhadas pela capital, as câmeras que fazem parte do programa são identificadas por uma placa amarela e enviam as imagens captadas automaticamente para uma nuvem (rede digital de armazenamento).

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Secretário de Segurança Urbana, José Roberto Oliveira, afirmou que o método garante mais segurança. “Quando alguém vai furtar ou roubar um lugar, a primeira coisa que procura é o gravador. Na nuvem, uma vez filmado e gravado, acabou.”

As imagens gravadas auxiliam na solução de crimes e na zeladoria de espaços da cidade e de patrimônios.

A plataforma é colaborativa. Além das câmeras públicas, da prefeitura, qualquer pessoa pode incluir sua própria câmera no projeto.  Até o fim do ano passado, 48 aparelhos particulares estavam cadastrados.

A nuvem para onde vão as imagens pode ser acessada pelo site www.citycameras.prefeitura.sp.gov.br. As câmeras públicas podem ser vistas por qualquer um, basta clicar no mapa. No caso das particulares, apenas o seu dono, a secretaria e a polícia podem ver. Em mais uma etapa do projeto, hotéis, bares e restaurantes estão sendo convidados para cadastrarem suas câmeras.

Para o ex-secretário nacional de Segurança Pública José Vicente da Silva Filho, o aumento das câmeras permite reduzir a violência com a ajuda da população. “O paulistano, que já tinha o disque-denúncia, ganhou uma nova possibilidade de participar da cidade, vigiando e denunciando”, disse.

Na prática

A instalação das câmeras ainda está sendo feita, mas pontos críticos da cidade podem receber uma atenção especial. Foi o caso da ponte do Morumbi (zona oeste).

No fim do ano passado um vídeo que mostrava quatro homens fazendo um arrastão no local circulou nas redes sociais. Dez dias depois, quatro câmeras do projeto já estavam instaladas na ponte.  A segurança também foi reforçada com o policiamento ostensivo.

Para quem passa pela ponte todos os dias, porém, ainda é preciso fazer mais. “Muitas vezes não deixo o celular no suporte para não chamar atenção, não uso relógio e nem óculos. Tudo para evitar a ação de assaltantes”, contou o palestrante Joab Pires, 30 anos. Em algumas ocasiões, ele chega a mudar o trajeto.

Para o palestrante, a insegurança é potencializada pelo trânsito. “O grande problema é ficar lá, parado, à espera de um arrastão a qualquer momento.

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