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Está com dívida no banco? Veja como quitar sem ficar com a corda no pescoço

Dívida com bancos é um dos maiores problemas entre os brasileiros. Segundo o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), metade da população (50,8%) tem alguma pendência do tipo. Por conta das altas taxas de juros, essas são mesmo as dívidas que mais pesam no orçamento. Por isso, quem está no vermelho precisa buscar um acordo com o seu banco o mais rápido possível. Veja alguns cuidados a se tomar:

1. Planejamento

Planejamento é tudo. Não adianta quitar a dívida e voltar a ficar devendo logo na sequência. Logo, é preciso colocar no papel como você está gastando o seu dinheiro, pois só assim dá para ter uma ideia real de quanto dinheiro está entrando e quanto está saindo. Contas como água, luz e alimentação são o tipo que não tem como cortar, apenas reduzir o consumo.

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Com o valor final em mãos, é possível cortar os gastos supérfluos e calcular quanto você tem disponível para o pagamento da dívida. Rendas extras, como o 13º salário, podem ser incluídas como dinheiro para resolver sua situação.

2. Negociação

Com a contabilidade em dia, é hora de procurar o banco para renegociar a dívida. Sim, você pode participar de forma ativa da negociação. Neste momento, é comum que os bancos tentem cobrar 100% dos juros, com um pouco de persistência é possível conseguir descontos e redução dos juros. Não dá para se livrar deles, mas dá para reduzir muito.

Em caso de financiamento de veículos, os juros só podem ser negociados após três meses de inadimplência. Já no caso de cartões de crédito, os juros cobrados – geralmente em torno de 10% – podem ser considerados abusivos, o que torna mais fácil a negociação.

Por fim, não esqueça que quem sabe do seu dinheiro é você. Assim, é você quem tem que dizer qual o valor máximo das parcelas, o desconto para pagar à vista e garantias de que o acordo será cumprido.

3. Escolha o melhor banco

Assim como na hora de comprar é preciso pesquisar o melhor preço, na hora de negociar uma dívida é preciso checar qual banco oferece as melhores condições. É possível fazer a portabilidade da dívida, ou seja, transferi-la de uma  instituição financeira para outra. Logo, quando o cliente apresenta os descontos e benefícios de outro lugar e o seu banco não concorda em oferecer o mesmo, ele pode pedir essa transferência.

4. Contrato

Antes de assinar, preste atenção ao contrato. Verifique se não existe nenhum tipo de irregularidade, como cobranças de taxas extras. E, mais uma vez, certifique-se de que tudo o que foi acordado durante a conversa está transcrito no papel. Em casos de negociações feitas por telefone, não esqueça de anotar e guardar o número de protocolo do atendimento. O mesmo vale para acordos online, que devem ter emails oficiais trocados.

5. Mutirões

Sim, os mutirões são uma boa saída para esse tipo de negociação, porque nessas feiras os acordo tendem a ser melhores que os feitos individualmente. Essa opção pode, inclusive, ser feita antes de procurar o banco, desde que a instituição participe de alguma feira. Como esse tipo de evento não tem um cronograma fixo, é preciso ficar sempre atento. Mas, assim como na negociação individual, será necessário persistir para conseguir o melhor contrato.

6. Peça ajuda de outros órgãos

Caso não consiga um acordo razoável com nenhum banco, é hora de correr atrás de ajuda de órgãos oficiais. Os Núcleos de Superendividamento do Procon auxiliam os clientes a obterem um contrato mais flexível junto às instituições financeiras. Mas essa opção só é válida em casos em que a quantidade de dívidas ultrapassa a renda mensal do consumidor e ele já não consegue mais garantir sua subsistência básica (como água, luz, alimentação e saúde) – o que caracteriza o superendividamento.

7. Contas em dia

Depois de quitar todos os débitos, é preciso ter cuidado para não voltar ao patamar anterior. Isso porque uma vez que o cliente volte a dever para o banco, dificilmente ele vai conseguir um bom acordo novamente. A dica é nunca comprometer mais que 30% da renda com dívidas.

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