O Hospital de Urgência de São Bernardo, que está sendo erguido no lugar do Pronto-Socorro Central, no Centro, deverá ser inaugurado com um ano de atraso em relação ao prazo estipulado inicialmente pela prefeitura.
Em visita às obras no fim do mês passado, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), afirmou que a previsão de entrega do complexo hospitalar é o fim de 2019. No entanto, quando a ordem de serviço para construção da unidade foi assinada, em dezembro de 2016, ainda na gestão municipal de Luiz Marinho (PT), a promessa era finalizar os trabalhos e iniciar o atendimento de pacientes em 24 meses – no fim deste ano.
O jogo de empurra entre o atual e o antigo prefeito não deixa claro de quem é a responsabilidade sobre o atraso. “Este projeto tinha sido abandonado pela gestão anterior. Quando assumimos as obras, apenas 0,5% tinha sido realizado”, justifica Morando.
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Por outro lado, Marinho rebate a acusação. “O nosso governo deu início à obra no começo de dezembro de 2016. Deixamos recurso do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) garantido para a obra e bastava ao atual prefeito continuá-la. Por decisão política, ele suspendeu a construção no início do seu mandato e mudou o projeto”, diz nota divulgada pela assessoria do petista.
A atual gestão alega que “deparou-se com graves problemas técnicos, como a revisão do projeto em função do posto de enchente, o traçado viário da rua Joaquim Nabucco e a aprovação dos projetos legais”, o que deixou a obra paralisada.
Equipamento deve ter 207 novos leitos
O Hospital de Urgência de São Bernardo, que irá substituir o Pronto-Socorro Central, deve disponibilizar 207 novos leitos, segundo a prefeitura, o dobro do que é ofertado atualmente no local.
Até o momento, a administração municipal diz que foram gastos na construção R$ 27 milhões, dos R$ 107,5 milhões que estão previstos para a finalização do projeto, e que 30% da obra já foi concluída.