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Chuva deixa 4 mortos no Rio de Janeiro

Trecho da ciclovia Tim Maia desabou em São Conrado, na zona sul Sergio Moraes/ Reuters

Dos R$ 600 milhões previstos no Orçamento da Prefeitura do Rio para conter os transtornos causados pelas enchentes no Rio de Janeiro durante o ano passado, a prefeitura usou apenas R$ 278 milhões. Se utilizados em sua totalidade, esses recursos poderiam ter evitado as quatro mortes causadas pelo temporal que atingiu a cidade, na madrugada de quarta-feira.

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O corpo de Marcus Vinicius, 12, foi arrastado pela força da água por pelo menos cem metros no bairro de Cascadura, na zona norte. O menino foi a última das vítimas da chuva a ser reconhecida pelas autoridades. “A gente não conseguia ajudar. A água subia, vindo da rua de trás”, lamentou o metroviário Luiz Coelho, vizinho de Marcus.

Em Quintino, na mesma região da cidade, duas pessoas morreram. Marco Garcia, 49, e Jupira Magalhães, 62, não resistiram após as paredes de suas casas desabarem com a correnteza. A idosa era reconhecida por ajudar a vizinhança.

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“Um dos vizinhos, que estava na rua, veio andando lá dentro para ver. Foi ele que percebeu minha irmã ali, soterrada”, conta Roberto de Castro, irmão, de Jupira.

A quarta morte foi a do policial militar Nilsimar dos Santos, de 48 anos, que estava dentro de seu carro  em Realengo, na zona oeste, quando uma árvore caiu sobre o veículo.

Esta região teve a maior incidência de chuvas. Em 45 minutos, o pluviômetro na área do Riocentro registrou 123,2 mm. Na Barra da Tijuca, em uma hora, choveu o que era esperado para um mês. Mais de 2 mil pessoas ficaram desabrigadas. Houve bairros que ficaram 12 horas sem luz.

O prefeito Marcelo Crivella (PRB) passou o Carnaval na Europa e retorna nesta sexta-feira ao Rio. Em nota, Crivella lamentou as quatro mortes. 

Novo trecho de ciclovia desmorona

Um novo trecho da ciclovia Tim Maia em São Conrado, na zona sul do rio, desabou por volta das 7h, ontem, após as chuvas. O Ministério Público Federal pediu a interdição de toda a pista, mas a Prefeitura do Rio recorreu e conseguiu que a atração continuasse aberta ao público. A obra custou R$ 44 milhões.

Em janeiro, a BandNews FM denunciou que a ciclovia convivia com uma fenda, na altura do Elevado do Joá. A Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente não se posicionou.

Em abril de 2016, outra parte da pista desabou, matando duas pessoas.  

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