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Intolerância é principal tema em segunda noite de desfiles na Sapucaí

Fechando os desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro, seis escolas de samba passaram pelo Sambódromo da Marquês de Sapucaí entre a noite desta segunda-feira (12) e a madrugada desta terça (13). Teve homenagem a Miguel Falabella, escolas tradicionais como Portela, Salgueiro e Beija-Flor, e musas que brilharam na avenida do sambódromo.

A Unidos da Tijuca apresentou um enredo em homenagem a Miguel Falabella para abrir a segunda noite de desfiles do Carnaval do Rio. O ator, diretor e escritor veio em um dos carros alegóricos da agremiação, repleto de famosos e amigos, como Marisa Orth, Claudia Raia e Aracy Balabanian. Caco Antibes, um de seus personagens mais conhecidos, inspirou a fantasia da bateria da escola.

A tradicional Portela entrou na Sapucaí em busca do bicampeonato com um enredo sobre refugiados, tema mais do que atual. Para contar essa história, a escola falou dos judeus que migraram para Pernambuco na época da colonização holandesa. A comissão de frente trouxe integrantes que imitavam ondas do mar e também o abre-alas nas cores azul e branco com a tradicional águia da agremiação no topo.

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Terceira a desfilar na Sapucaí, a escola União da Ilha deixou os foliões com água na boca ao falar da riqueza da culinária brasileira. Os carros alegóricos exalavam aromas como café, chocolate, abacaxi e limão. Gracyanne Barbosa desfilou como rainha de bateria.

O Salgueiro levou para a avenida do samba a história das mulheres negras em uma homenagem que exaltou nomes como Xica da Silva, a primeira parlamentar negra Antonieta de Barros e a escritora Carolina de Jesus. Um dos carros trouxe ainda uma representação negra de Pietá, famosa obra de Michelangelo com Maria segurando Jesus. Outro destaque foi a rainha de bateria Viviane Araújo, vestida como a rainha-faraó Hatshepsut. A escola também levou para a Sapucaí a musa transexual Kamilla Carvalho.

Penúltima escola a passar pela Marquês de Sapucaí, a Imperatriz Leopoldinense fez uma homenagem aos 200 anos do Museu Nacional. A escola demorou para atravessar a avenida do samba e, por pouco, não estourou o tempo que tinha para desfilar. Flávia Lyra, tenente do Corpo de Bombeiros, estreou como rainha de bateria da agremiação.

Para fechar os desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro, a Beija-flor trouxe uma crítica social do atual Brasil para a avenida. Corrupção, discriminação e violência foram objeto de discussão nos carros e alegorias da escola. Artistas como Pabllo Vittar e Jojo Todynho participaram como resistência ao racismo e homofobia. Claudia Raia, uma das musas da escola, brilhou como destaque de chão. No final do desfile, o público da Sapucaí tomou a avenida cantando o samba-enredo.

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