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Críticas a Crivella e à reforma trabalhista marcam desfile na Sapucaí

O primeiro dia de desfiles das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro foi marcado por protesto, emoção, uso de tecnologia, crítica social e ao prefeito Marcelo Crivella.

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Durante o desfile da noite deste domingo (11) e a madrugada desta segunda-feira (12), um carro alegórico da Acadêmicos da Grande Rio quebrou e não pode atravessar o Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Homenageando o apresentador Chacrinha, a escola deve perder meio ponto na apuração, por ter atrasado o fim do desfile em cinco minutos.

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Passaram pela Sapucaí ainda mais seis agremiações. A Império Serrano abriu a noite com um enredo sobre a China. Famosos como Lázaro Ramos, Maria Rita e Regina Casé desfilaram pela agremiação. Já a São Clemente, segunda escola a atravessar a Sapucaí, homenageou a Escola de Belas Artes do Rio, com obras de arte renomadas.

Para falar das grandes invenções da humanidade, a Unidos de Vila Isabel apostou alto na tecnologia. Uma das porta-bandeiras da escola, por exemplo, desfilou com fantasia feita de LED. Já Sabrina Sato, rainha de bateria, brilhou com uma fantasia toda dourada.

Com o desfile mais politizado em muitos anos de Sapucaí, a Paraíso do Tuiuti fez história ao falar da escravidão no Brasil. A comissão de frente emocionou ao mostrar o sofrimento dos escravos. Houve ainda críticas à Reforma Trabalhista, aos manifestantes com a camisa da Seleção Brasileira e panelas e até ao presidente Temer, representado como um vampiro em um dos carros alegóricos.

A tradicional Mangueira, penúltima escola a desfilar no Rio, fez de seu enredo uma crítica ao corte de verba da Prefeitura do Rio para o Carnaval e também ao prefeito Marcelo Crivella. A escola exaltou a simplicidade da folia desde sua origem. Um dos carros da escola trouxe a imagem de Crivella como um boneco de Judas e uma faixa em que se lia: «Prefeito, pecado é não brincar o carnaval».

Fechando a primeira noite de desfiles no Rio de Janeiro, a Mocidade Independente de Padre Miguel trouxe para a Sapucaí a riqueza cultural da Índia em busca de seu bicampeonato. A comissão de frente era formada por deuses indianos, enquanto alegorias representaram também as semelhanças entre o país asiático e o Brasil.

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